Mundo

Grécia vive greve geral contra demissão de funcionários

O transporte no país deverá ser amplamente afetado, já que as ferrovias não funcionarão e os controladores aéreos não trabalharão entre o meio-dia e as 16h locais


	Funcionária do metrô de Atenas cola cartaz com aviso sobre greve nesta terça-feira, 16 de julho, na Grécia
 (REUTERS/Yannis Behrakis)

Funcionária do metrô de Atenas cola cartaz com aviso sobre greve nesta terça-feira, 16 de julho, na Grécia (REUTERS/Yannis Behrakis)

DR

Da Redação

Publicado em 16 de julho de 2013 às 06h29.

Atenas - Os trabalhadores gregos foram convocados a uma greve geral nesta terça-feira pelas duas principais forças sindicais - a do setor público (ADEDY) e a do setor privado (GSEE) - contra a demissão de funcionários prevista pelo novo acordo com a troika.

Durante a jornada de protesto, o transporte deverá ser amplamente afetado, já que as ferrovias não funcionarão e os controladores aéreos não trabalharão entre o meio-dia e as 16h locais.

Por conta desta paralisação, um total de 30 voos sofrerão atrasos e outros 11 foram cancelados, todos eles da companhia grega Olympic Air e com saídas de Atenas, informaram à Agência Efe fontes do aeroporto da capital e de Aviação Civil.

No início da manhã, a polícia fechou três estações de metrô no centro de Atenas para dificultar o acesso dos manifestantes ao Parlamento, cujo plenário de hoje começará a debater a lei ônibus que inclui as demissões dos funcionários públicos.

Os jornalistas farão uma greve de meia-jornada, enquanto os médicos iniciaram hoje uma greve de 48 horas, nas quais só trabalharão em casos de urgência.


Os funcionários municipais, que estão em greve desde a última semana, deverão seguir paralisados até amanhã. Diversos serviços na capital grega, como o de coleta de lixo, não funcionam há vários, e o lixo acumulado já pode ser visto em diversas ruas.

As últimas greves tiveram um seguimento muito díspar, tendo em vista que o setor público adere em uma escala maior que o privado, que costuma manter os comércios abertos.

O governo de Samaras negociou com a troika a demissão de 4 mil funcionários públicos para este ano e a passagem de 25 mil ao esquema de reserva laboral, pelo qual cobrarão 75% de seu salário durante 8 meses. Se nesse período o mesmo não for realocado, será despedido em definitivo.

Além da greve geral de hoje, novas manifestações já estão convocadas para amanhã, dia em que a lei ônibus deverá ser votada.

Acompanhe tudo sobre:Crise gregaEuropaGréciaGrevesPiigsProtestosProtestos no mundo

Mais de Mundo

Porto de Xangai atinge marca histórica de 50 milhões de TEUs movimentados em 2024

American Airlines retoma voos nos EUA após paralisação nacional causada por problema técnico

Papa celebra o Natal e inicia o Jubileu 2025, 'Ano Santo' em Roma

Israel reconhece que matou líder do Hamas em julho, no Irã