Grécia quer Mármores do Parthenon de volta, diz Tsipras a May
Primeiro-ministro grego, Alexis Tsipras, afirmou que país quer as esculturas de volta do museu britânico, já que Atenas possui local para preservação
Reuters
Publicado em 26 de junho de 2018 às 19h40.
Atenas - A Grécia quer os Mármores do Parthenon de volta do Museu Britânico, disse o primeiro-ministro grego, Alexis Tsipras, em Londres nesta terça-feira, tentando ressuscitar uma longa campanha pelos tesouros de 2.500 anos.
O diplomata britânico lorde Elgin removeu as esculturas da Acrópole de Atenas no começo do século 19, quando a Grécia estava sob o regime otomano. As esculturas representam quase metade do friso de 160 metros de comprimento que estava no templo do Parthenon.
Desde a independência em 1832, a Grécia tem repetidamente pedido o retorno dos mármores, sem sucesso.
Tsipras, que fez sua primeira viagem ofical a Londres desde que foi eleito em 2015, disse que a questão é de importância ética especial para os gregos e levantou a questão quando se encontrou com a premiê britânica, Theresa May.
"Os Mármores pertencem ao patrimônio cultural mundial, mas seu lugar natural é o Parthenon", disse a repórteres.
O Reino Unido tem resistido às campanhas pelo retorno do que chama de Mármores de Elgin, junto a tesouros de outros países, incluindo Nigéria e Etiópia, frequentemente citando legislações que proíbem seus museus de se desfazerem permanentemente de suas coleções.
A Grécia tem intensificado sua campanha desde 2009, quando abriu um novo museu aos pés da Acrópole, dizendo que isso responde a quaisquer sugestões de que Atenas não possui um lugar adequado para preservar os mármores.
O museu guarda relíquias inestimáveis da Acrópole, incluindo as cariátides, colunas verticais em formas femininas. Há espaço para uma das seis figuras restantes, em exibição no Museu Britânico.
Em 2014, o governo grego anterior contratou uma equipe legal, que incluía a advogada de direitos humanos Amal Clooney, para aconselhá-lo em sua tentativa de garantir o retorno dos mármores.
"Nós conhecemos a posição britânica, mas o que possui um valor particular é que este esforço seja contínuo", disse Tsipras. "No devido tempo, nós iremos encontrar cada vez mais apoiadores da posição justa da Grécia".