Grécia pode obter ajuda; Trichet alerta sobre crise
País deve receber empréstimos no próximo mês para evitar default, segundo credores
Da Redação
Publicado em 11 de outubro de 2011 às 16h20.
Atenas/Frankfurt - A Grécia deve receber uma vital parcela de empréstimos internacionais no próximo mês e evitar a bancarrota, disseram os credores do país nesta terça-feira, ganhando tempo na crise de dívida considerada "sistêmica" pelo principal banqueiro central da Europa.
Após semanas de revisão das finanças gregas, os inspetores da União Europeia, do Fundo Monetário Internacional (FMI) e do Banco Central Europeu disseram que a parcela de empréstimos de 8 bilhões de euros deverá ser paga no início de novembro, quando tiver a aprovação dos ministros das Finanças da zona do euro e do conselho do FMI.
Eles alertaram, porém, que a Grécia fez um progresso irregular no cumprimento dos termos da ajuda acertada em maio do ano passado.
"É essencial que as autoridades deem mais ênfase nas reformas estruturais do setor público e da economia de forma mais ampla", afirmou a troika de inspetores em comunicado.
O comunicado disse, também, que medidas adicionais devem ser necessárias para cumprir as metas de dívida em 2013 e 2014 e que o ímpeto de privatização e as reformas estruturais estão aquém do esperado. A implementação decisiva dos planos atuais deve permitir que as metas de dívida do próximo ano sejam cumpridas, segundo os inspetores.
Alemanha e França, principais potências europeias, prometeram propor uma estratégia abrangente para combater a crise da dívida na cúpula da União Europeia, que foi adiada para 23 de outubro.
Depois que Atenas admitiu que não cumpriria seu objetivo de déficit deste ano, há uma aceitação crescente de que o segundo resgate grego acertado em julho possa não ser suficiente e há pressa agora para reforçar o fundo de resgate do bloco e ajudar seus bancos.
O principal regulador financeiro da Europa alertou que a crise de dívida soberana da zona do euro tornou-se sistêmica e ameaça a estabilidade econômica global, a menos que uma ação decisiva seja tomada com urgência.
O presidente do BCE, Jean-Claude Trichet, fez um alerta dramático como presidente do Conselho Europeu de Risco Sistêmico, criado para evitar uma repetição da crise financeira de 2008, em meio a crescentes temores de que a Grécia declare moratória de dívida.
"A crise é sistêmica e deve ser enfrentada com determinação", disse Trichet a um comitê do Parlamento Europeu na sua última aparição antes de se aposentar, no final do mês.
"A alta interconexão do sistema financeiro da UE levou a um rápido aumento do risco de contágio significativo. Isso ameaça a estabilidade financeira na UE como um todo e impacta negativamente a economia real na Europa e além. " Enquanto isso, reguladores bancários europeus pediram que os bancos em todo o continente fornecessem dados atualizados sobre a sua posição de capital e as exposições a dívida soberana para ajudar a reavaliar sua necessidade de recapitalização.
Fontes do setor disseram que o regulador exigiu que os bancos atinjam uma taxa núcleo de capital de pelo menos 7 por cento em uma nova rodada de testes de estresse internos e os bancos que não consigam chegar a essa marca seriam convidados a aumentar seu capital.
As taxas de empréstimos interbancários na Europa continuaram a subir em meio a crescente preocupação sobre a capacidade dos bancos europeus em operar, apesar da perspectiva de um apoio maciço de liquidez do BCE.
Atenas/Frankfurt - A Grécia deve receber uma vital parcela de empréstimos internacionais no próximo mês e evitar a bancarrota, disseram os credores do país nesta terça-feira, ganhando tempo na crise de dívida considerada "sistêmica" pelo principal banqueiro central da Europa.
Após semanas de revisão das finanças gregas, os inspetores da União Europeia, do Fundo Monetário Internacional (FMI) e do Banco Central Europeu disseram que a parcela de empréstimos de 8 bilhões de euros deverá ser paga no início de novembro, quando tiver a aprovação dos ministros das Finanças da zona do euro e do conselho do FMI.
Eles alertaram, porém, que a Grécia fez um progresso irregular no cumprimento dos termos da ajuda acertada em maio do ano passado.
"É essencial que as autoridades deem mais ênfase nas reformas estruturais do setor público e da economia de forma mais ampla", afirmou a troika de inspetores em comunicado.
O comunicado disse, também, que medidas adicionais devem ser necessárias para cumprir as metas de dívida em 2013 e 2014 e que o ímpeto de privatização e as reformas estruturais estão aquém do esperado. A implementação decisiva dos planos atuais deve permitir que as metas de dívida do próximo ano sejam cumpridas, segundo os inspetores.
Alemanha e França, principais potências europeias, prometeram propor uma estratégia abrangente para combater a crise da dívida na cúpula da União Europeia, que foi adiada para 23 de outubro.
Depois que Atenas admitiu que não cumpriria seu objetivo de déficit deste ano, há uma aceitação crescente de que o segundo resgate grego acertado em julho possa não ser suficiente e há pressa agora para reforçar o fundo de resgate do bloco e ajudar seus bancos.
O principal regulador financeiro da Europa alertou que a crise de dívida soberana da zona do euro tornou-se sistêmica e ameaça a estabilidade econômica global, a menos que uma ação decisiva seja tomada com urgência.
O presidente do BCE, Jean-Claude Trichet, fez um alerta dramático como presidente do Conselho Europeu de Risco Sistêmico, criado para evitar uma repetição da crise financeira de 2008, em meio a crescentes temores de que a Grécia declare moratória de dívida.
"A crise é sistêmica e deve ser enfrentada com determinação", disse Trichet a um comitê do Parlamento Europeu na sua última aparição antes de se aposentar, no final do mês.
"A alta interconexão do sistema financeiro da UE levou a um rápido aumento do risco de contágio significativo. Isso ameaça a estabilidade financeira na UE como um todo e impacta negativamente a economia real na Europa e além. " Enquanto isso, reguladores bancários europeus pediram que os bancos em todo o continente fornecessem dados atualizados sobre a sua posição de capital e as exposições a dívida soberana para ajudar a reavaliar sua necessidade de recapitalização.
Fontes do setor disseram que o regulador exigiu que os bancos atinjam uma taxa núcleo de capital de pelo menos 7 por cento em uma nova rodada de testes de estresse internos e os bancos que não consigam chegar a essa marca seriam convidados a aumentar seu capital.
As taxas de empréstimos interbancários na Europa continuaram a subir em meio a crescente preocupação sobre a capacidade dos bancos europeus em operar, apesar da perspectiva de um apoio maciço de liquidez do BCE.