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Grécia pede 15 dias para examinar pedidos de asilo

A União Europeia prometeu enviar reforços à Grécia, especificamente a especialistas em direito de asilo, para ajudar os serviços a analisar as demandas


	Refugiados: a União Europeia prometeu enviar reforços à Grécia, especificamente a especialistas em direito de asilo, para ajudar os serviços a analisar as demandas
 (Giorgos Moutafis / Reuters)

Refugiados: a União Europeia prometeu enviar reforços à Grécia, especificamente a especialistas em direito de asilo, para ajudar os serviços a analisar as demandas (Giorgos Moutafis / Reuters)

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Da Redação

Publicado em 6 de abril de 2016 às 14h37.

A multiplicação das demandas de asilo solicitadas por migrantes que chegaram às ilhas gregas obrigará as autoridades a fazer uma pausa de 15 dias antes de retomar a operação de devolução à Turquia, disse nesta quarta-feira o ministro grego de Assuntos Europeus.

"Sabíamos que haveria uma pausa, um período intermediário antes que o programa" de reenvios previsto pelo acordo entre a UE e a Turquia prosseguisse, explicou Nikos Xyadakis à imprensa.

Para o funcionário, será necessário um prazo "de ao menos 15 dias para processar o primeiro pacote de solicitações de asilo" que a Grécia se comprometeu a examinar caso a caso, antes de enviar à Turquia os candidatos não selecionados.

"Em 15 dias, as autoridades podem tratar entre 400 e 500 demandas", estimou.

A União Europeia prometeu enviar reforços à Grécia, especificamente a especialistas em direito de asilo, para ajudar os serviços a analisar as demandas. Mas, segundo Xydakis, apenas uma dezena de juristas foram enviados à Grécia.

O acordo estipula que as pessoas que chegarem depois de 20 de março serão devolvidas à Turquia se não fizerem um pedido de asilo ou se seu pedido for rejeitado.

Na segunda-feira foi realizada a primeira operação para devolver à Turquia 202 migrantes que estavam nas ilhas de Lesbos e de Chios.

O governo grego disse que nenhum dos migrantes havia pedido asilo, mas a agência da ONU para os refugiados ACNUR alegou que 13 deles eram afegãos que manifestaram que queriam solicitar o refúgio político, mas que não puderam fazê-lo.

Enquanto isso, as demandas de asilo realizadas pelos migrantes que chegaram depois de 20 de março não param de aumentar. Dos 6.000 migrantes que chegaram nesta terça-feira, 2.300 iniciaram o procedimento.

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