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Goldman, JPMorgan e Citi tentam acelerar vacinação em Nova York

Dezenas de empresas querem oferecer serviços de logística para acelerar vacinação em Nova York, que se mostra mais lenta do que o esperado

Pedestres na Times Square, em Nova York: ritmo de vacinação nos EUA tem sido pior que o esperado (Michael Nagle/Bloomberg)

Pedestres na Times Square, em Nova York: ritmo de vacinação nos EUA tem sido pior que o esperado (Michael Nagle/Bloomberg)

CR

Carolina Riveira

Publicado em 23 de janeiro de 2021 às 16h53.

Última atualização em 23 de janeiro de 2021 às 16h54.

Alguns dos maiores empregadores de Nova York estão pedindo que as autoridades locais permitam que colaborem na vacinação contra a Covid-19, argumentando que a lenta introdução do processo coloca a recuperação econômica do estado em risco.

Goldman Sachs, JPMorgan Chase, Citigroup, KKR e dezenas de companhias participaram de uma teleconferência com o responsável estadual pela vacinação, Larry Schwartz, para oferecer seus serviços, de acordo com pessoas que estavam na conversa. As empresas ofereceram distribuição e logística, o que poderia ajudar a convencer o governo do presidente Joe Biden a aumentar a alocação de vacinas para Nova York.

“Nossa economia não vai se recuperar e não seremos capazes de trazer as pessoas de volta ao escritório até haver boa penetração das vacinas”, afirmou o CEO do Goldman, David Solomon.

Líderes de Wall Street, que têm trabalhado em torres praticamente vazias, se mostram cada vez mais preocupados com os atrasos contínuos que ameaçam o retorno à normalidade operacional.

A cidade de Nova York precisou cancelar milhares de horários marcados e fechar temporariamente 15 postos comunitários de vacinação devido à escassez de vacinas e atrasos de distribuição.

A cidade continua realizando a imunização, mas muitos hospitais e postos de vacinação pararam de oferecer novos horários para quem ainda vai tomar a primeira dose. Ainda há marcação de horários para receber a segunda dose.

“A comunidade empresarial está muito preocupada com as consequências de não ter vacina porque isso é crítico para a recuperação econômica e para trazer as pessoas de volta aos escritórios”, disse Kathy Wylde, CEO da Partnership for New York City, grupo que representa muitos dos maiores empregadores da cidade.

Wylde participou da teleconferência e disse em entrevista que o objetivo é colaborar para que a vacina chegue ao público, não apenas aos funcionários das empresas envolvidas.

As companhias “sabem com o que os governos estaduais e locais estão lidando e estão apenas dizendo que têm conhecimento logístico, instalações médicas e pessoal capaz de acelerar a distribuição”, disse ela.

Representantes do prefeito Bill de Blasio e do governador Andrew Cuomo não responderam imediatamente aos pedidos de comentário da reportagem.

De Blasio alertou diversas vezes esta semana que a cidade estava perto de ficar sem vacinas.

Segundo ele, cerca de 200.000 doses estão paradas porque a cidade está “sobrecarregada” com regras que a impedem a aplicação de segundas doses. As vacinas contra Covid-19 da Pfizer-BioNTech e da Moderna requerem duas doses por pessoa.

--Com a colaboração de Angelica LaVito, Shelly Banjo, Michelle Davis, Melissa Karsh e Jenny Surane.

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