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Governo ucraniano pede que Rússia anule referendo da Crimeia

O primeiro-ministro da Ucrânia, Arseni Yatseniuk, pediu que Moscou faça todo o possível para anular o referendo marcado para este domingo na Crimeia

Arseni Yatseniuk, primeiro-ministro interino da Ucrânia: enquanto isso, no entanto, tropas russas vão assumindo o controle da península da Crimeia (Konstantin Chernichkin/AFP)
DR

Da Redação

Publicado em 10 de março de 2014 às 14h11.

Kiev - O primeiro-ministro da Ucrânia , Arseni Yatseniuk, pediu nesta segunda-feira que Moscou faça todo o possível para anular o referendo marcado para este domingo na Crimeia, por meio do qual a região autônoma rebelde pretende se unir à Rússia .

Enquanto isso, no entanto, tropas russas vão assumindo o controle da península da Crimeia.

Yatseniuk, que se prepara para viajar aos Estados Unidos na quarta-feira para tratar sobre a grave crise do país, anunciou que o neste mesmo dia discursará na sessão do Conselho de Segurança da ONU que debaterá a situação da Ucrânia.

Faltando cinco dias para a consulta convocada pelo Executivo pró-russo da Crimeia, o novo governo da Ucrânia, apoiado pelo pelos Estados Unidos e a União Europeia, tenta desativar as crescentes tensões nas regiões de maioria russa no país.

Kiev recebeu hoje a visita do secretário-geral do Conselho da Europa, Thorbjorn Jagland, e de seu presidente rotativo, o ministro austríaco das Relações Exteriores, Sebastian Kurz, assim como dos chanceleres dos três países do Benelux (Bélgica, Holanda e Luxemburgo), que tentam diminuir as tensões geradas pela crise da Crimeia.

Em entrevista coletiva concedida por Yatseniuk e o presidente interino da Ucrânia, Aleksandr Turchinov, este último disse que a Rússia "com suas ações agressivas violou todas as normas do direito internacional".

Sobre a consulta convocada para 16 de março, Yatseniuk afirmou que "a Federação Russa deve anular urgentemente o referendo que vai ser realizado no território da República Autônoma da Crimeia, que é uma parte inalienável da Ucrânia".

"Não há nenhum poder legítimo na Crimeia: são um grupo de criminosos que chegaram ao poder por meios anticonstitucionais e com a proteção de 18 mil soldados russos", acrescentou.

Yatseniuk disse que a Ucrânia se dirigiu à comunidade internacional pedindo o envio de observadores a Crimeia, mas acrescentou que as autoridades locais não permitem sua entrada

Enquanto isso, as forças russas que estão na península da Crimeia tomaram hoje o hospital militar da capital, Simferopol, informou a imprensa local. Segundo os meios de comunicação, o movimento de tropas parece se repetir em outros pontos da península.

Entre 20 e 30 homens armados, presumivelmente russos, tomaram por volta do meio-dia o hospital militar e ameaçaram os funcionários e os pacientes, cerca de trinta soldados ucranianos e veteranos.

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Enquanto isso, no entanto, tropas russas vão assumindo o controle da península da Crimeia.

Yatseniuk, que se prepara para viajar aos Estados Unidos na quarta-feira para tratar sobre a grave crise do país, anunciou que o neste mesmo dia discursará na sessão do Conselho de Segurança da ONU que debaterá a situação da Ucrânia.

Faltando cinco dias para a consulta convocada pelo Executivo pró-russo da Crimeia, o novo governo da Ucrânia, apoiado pelo pelos Estados Unidos e a União Europeia, tenta desativar as crescentes tensões nas regiões de maioria russa no país.

Kiev recebeu hoje a visita do secretário-geral do Conselho da Europa, Thorbjorn Jagland, e de seu presidente rotativo, o ministro austríaco das Relações Exteriores, Sebastian Kurz, assim como dos chanceleres dos três países do Benelux (Bélgica, Holanda e Luxemburgo), que tentam diminuir as tensões geradas pela crise da Crimeia.

Em entrevista coletiva concedida por Yatseniuk e o presidente interino da Ucrânia, Aleksandr Turchinov, este último disse que a Rússia "com suas ações agressivas violou todas as normas do direito internacional".

Sobre a consulta convocada para 16 de março, Yatseniuk afirmou que "a Federação Russa deve anular urgentemente o referendo que vai ser realizado no território da República Autônoma da Crimeia, que é uma parte inalienável da Ucrânia".

"Não há nenhum poder legítimo na Crimeia: são um grupo de criminosos que chegaram ao poder por meios anticonstitucionais e com a proteção de 18 mil soldados russos", acrescentou.

Yatseniuk disse que a Ucrânia se dirigiu à comunidade internacional pedindo o envio de observadores a Crimeia, mas acrescentou que as autoridades locais não permitem sua entrada

Enquanto isso, as forças russas que estão na península da Crimeia tomaram hoje o hospital militar da capital, Simferopol, informou a imprensa local. Segundo os meios de comunicação, o movimento de tropas parece se repetir em outros pontos da península.

Entre 20 e 30 homens armados, presumivelmente russos, tomaram por volta do meio-dia o hospital militar e ameaçaram os funcionários e os pacientes, cerca de trinta soldados ucranianos e veteranos.

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