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Governo palestino adverte que EUA se tornaram parte do conflito

Declaração foi feita neste sábado pelo ministro de Relações Exteriores da Palestina, Riad al Maliki, no Cairo

Palestinos assistem à transmissão do discurso de Trump falando sobre o endereço onde ele espera anunciar o reconhecimento de Jerusalém como capital de Israel  6 de dezembro de 2017 REUTERS/Ammar Awad (mmar Awad/Reuters)

Palestinos assistem à transmissão do discurso de Trump falando sobre o endereço onde ele espera anunciar o reconhecimento de Jerusalém como capital de Israel 6 de dezembro de 2017 REUTERS/Ammar Awad (mmar Awad/Reuters)

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EFE

Publicado em 9 de dezembro de 2017 às 14h49.

Cairo, 9 dez (EFE).- O ministro de Relações Exteriores da Palestina, Riad al Maliki, advertiu neste sábado no Cairo que, após a decisão do presidente americano, Donald Trump, de reconhecer Jerusalém como capital de Israel, os Estados Unidos se transformaram em parte do conflito e deixaram de ser um mediador para a paz.

Maliki fez a declaração em entrevista coletiva antes da reunião extraordinária que os ministros de Exteriores da Liga Árabe realizarão hoje na capital egípcia.

Em um discurso na embaixada palestina no Cairo, Malki ressaltou que "não haverá nenhum contato oficial entre nenhum responsável palestino e americano" e acrescentou que se buscará "uma nova referência internacional para terminar com a ocupação".

Neste sentido, lembrou que o presidente palestino, Mahmoud Abbas anunciou hoje que não se reunirá com o vice-presidente dos Estados Unidos, Mike Pence, que visitará a região este mês, como resposta à decisão de Trump.

"Não haverá nenhum encontro com Pence. Os Estados Unidos cruzaram uma linha vermelha que não deveriam ter cruzado", declarou o assessor diplomático presidencial Majdi al Jalidi à rádio "Palestina".

Apesar desta mudança na postura americana, Malki garantiu que os palestinos "não se retirarão do processo de paz, mesmo que os Estados Unidos tenham confirmado que são um obstáculo".

Além disso, declarou que "é o momento de que todos os países reconheçam a Palestina como um Estado para poder enfrentar à agressão israelense". EFE

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