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Governo japonês aprova plano que limita vida de usinas atômicas

O plano do governo também estabelece que as usinas nucleares deverão tomar medidas para prevenir a emissão em massa de substâncias radioativas em caso de acidente

O reforço nas medidas de segurança das usinas nucleares ocorre após o acidente em Fukushima (Kawamoto Takuo/Wikimedia Commons)

O reforço nas medidas de segurança das usinas nucleares ocorre após o acidente em Fukushima (Kawamoto Takuo/Wikimedia Commons)

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Da Redação

Publicado em 31 de janeiro de 2012 às 06h08.

Tóquio - O governo japonês aprovou nesta terça-feira um projeto de lei que reforça as medidas de segurança das usinas nucleares após o acidente em Fukushima, incluindo o limite da vida útil dessas centrais a 40 anos.

A lei deixa aberta a possibilidade de estender esse período a, no máximo, mais 20 anos, embora o governo insista que isso será 'extremamente difícil', segundo uma fonte oficial citada pela agência Kyodo

Atualmente, não existe no Japão um limite legal para a vida operacional de seus 54 reatores, muitos dos quais alcançarão 40 anos de atividade nos próximos anos.

Um dos três reatores da usina nuclear de Fukushima Daiichi, por exemplo, estava operando desde 1970.

O plano do governo também estabelece que as usinas nucleares deverão tomar medidas para prevenir a emissão em massa de substâncias radioativas ao ambiente em caso de acidente, ao tempo que permite às autoridades ordenar a paralisação dos reatores se não cumprirem os padrões de segurança.

Além disso, será criada uma nova agência de regulação, dependente do Ministério do Meio Ambiente, para unificar os atuais organismos de segurança nuclear.

A atual Agência de Segurança Nuclear, dependente do Ministério de Comércio, Economia e Indústria, tem o papel de promover a energia nuclear e foi criticada por suas falhas na supervisão das instalações atômicas.

Também foi censurada a lentidão de sua resposta após o acidente na central de Fukushima, que provocou a pior crise nuclear dos últimos 25 anos e levou o Japão a iniciar o projeto de reduzir gradualmente sua dependência da energia atômica.

A lei será apresentada ao Parlamento durante o atual período de sessões, que começou na semana passada.

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