Governo filipino espera acordo de paz em 1 ano com rebeldes
O ambiente era receptivo entre Manila e a Frente Democrática Nacional, vitrine política do Partido Comunista filipino (PCP), graças a circunstâncias favoráveis
Da Redação
Publicado em 22 de agosto de 2016 às 10h14.
O governo filipino afirmou nesta segunda-feira que espera em um ano concretizar um acordo de paz com a rebelião comunista , durante a retomada, na Noruega, das conversações para colocar fim a uma das mais antigas insurreições do mundo.
Depois de meio século de conflito e 30 anos de negociações infrutíferas, os representantes das duas partes se reuniram em Oslo.
O ambiente era receptivo entre Manila e a Frente Democrática Nacional (NDF), vitrine política do Partido Comunista filipino (PCP), e isso graças a várias circunstâncias favoráveis.
Depois de ter assumido o cargo em 30 de junho, o novo presidente filipino Rodrigo Duterte - que se apresenta como socialista - fez da retomada do diálogo com os comunistas uma prioridade. Mencionou, inclusive, a possibilidade de formar um governo de coalizão com eles.
As duas partes esperam acelerar o processo de paz ao debater simultaneamente, ao contrário dos encontros anteriores, os capítulos pendentes da negociação, como as reformas econômicas e sociais, políticas e constitucionais, além do fim das hostilidades.
O chefe das negociações do NDF, Luis Jalandoni, confirmou as previsões de acordo, embora mais prudentemente. "Esperamos que a paz chegue em um ano, apesar disso poder tomar um pouco mais de tempo", explicou.
Em 2011, as duas partes se deram 18 meses para chegar a um acordo. Mas o presidente de então, Benigno Aquino, abandonou as negociações em 2013 acusando a rebelião de falta de sinceridade.
Os comunistas exigiam a libertação de todos os seus integrantes presos, o que o governo recusou.
Como prelúdio das novas negociações, as duas partes concordaram em observar uma trégua a partir de domingo e as autoridades aceitaram a libertação provisória de 17 dirigentes comunistas.
Fundado em 1968, o Partido Comunista das Filipinas lançou três meses mais tarde uma rebelião na qual 30.000 pessoas morreram, segundo cálculos oficiais.
Seu braço armado, o Novo Exército do Povo, contaria hoje com 4.000 integrantes, contra 26.000 nos anos 1980.
A Noruega, que desempenha o papel de intermediário desde 2001, elogiou o ambiente positivo das negociações.
"Sabemos que há temas difíceis e divergências a superar", afirmou o chanceler norueguês Børge Brende. "Mas esperamos sinceramente que sejam feitos progressos no interesse do povo filipino", acrescentou.
As autoridades filipinas também retomaram em agosto conversações com o mais importante grupo rebelde muçulmano do país, para colocar fim a décadas de violência.
O governo filipino afirmou nesta segunda-feira que espera em um ano concretizar um acordo de paz com a rebelião comunista , durante a retomada, na Noruega, das conversações para colocar fim a uma das mais antigas insurreições do mundo.
Depois de meio século de conflito e 30 anos de negociações infrutíferas, os representantes das duas partes se reuniram em Oslo.
O ambiente era receptivo entre Manila e a Frente Democrática Nacional (NDF), vitrine política do Partido Comunista filipino (PCP), e isso graças a várias circunstâncias favoráveis.
Depois de ter assumido o cargo em 30 de junho, o novo presidente filipino Rodrigo Duterte - que se apresenta como socialista - fez da retomada do diálogo com os comunistas uma prioridade. Mencionou, inclusive, a possibilidade de formar um governo de coalizão com eles.
As duas partes esperam acelerar o processo de paz ao debater simultaneamente, ao contrário dos encontros anteriores, os capítulos pendentes da negociação, como as reformas econômicas e sociais, políticas e constitucionais, além do fim das hostilidades.
O chefe das negociações do NDF, Luis Jalandoni, confirmou as previsões de acordo, embora mais prudentemente. "Esperamos que a paz chegue em um ano, apesar disso poder tomar um pouco mais de tempo", explicou.
Em 2011, as duas partes se deram 18 meses para chegar a um acordo. Mas o presidente de então, Benigno Aquino, abandonou as negociações em 2013 acusando a rebelião de falta de sinceridade.
Os comunistas exigiam a libertação de todos os seus integrantes presos, o que o governo recusou.
Como prelúdio das novas negociações, as duas partes concordaram em observar uma trégua a partir de domingo e as autoridades aceitaram a libertação provisória de 17 dirigentes comunistas.
Fundado em 1968, o Partido Comunista das Filipinas lançou três meses mais tarde uma rebelião na qual 30.000 pessoas morreram, segundo cálculos oficiais.
Seu braço armado, o Novo Exército do Povo, contaria hoje com 4.000 integrantes, contra 26.000 nos anos 1980.
A Noruega, que desempenha o papel de intermediário desde 2001, elogiou o ambiente positivo das negociações.
"Sabemos que há temas difíceis e divergências a superar", afirmou o chanceler norueguês Børge Brende. "Mas esperamos sinceramente que sejam feitos progressos no interesse do povo filipino", acrescentou.
As autoridades filipinas também retomaram em agosto conversações com o mais importante grupo rebelde muçulmano do país, para colocar fim a décadas de violência.