Mundo

Governo etíope confirma 1 morto e 132 feridos em ataque em comício

Uma granada explodiu durante um grande comício de apoio ao novo primeiro-ministro da Etiópia, Abiy Ahmed

Etíopes lotam praça Meskel em Addis Ababa para comício do primeiro-ministro Abiy Ahmed (Yonas TADESE/AFP)

Etíopes lotam praça Meskel em Addis Ababa para comício do primeiro-ministro Abiy Ahmed (Yonas TADESE/AFP)

E

EFE

Publicado em 23 de junho de 2018 às 10h33.

Última atualização em 23 de junho de 2018 às 10h34.

Adis Abeba - A explosão de uma granada durante um grande comício de apoio ao novo primeiro-ministro da Etiópia, Abiy Ahmed, deixou um morto e pelo menos 132 feridos.

O ministro de Saúde do país, Amir Aman, atualizou o número de vítimas através do Twitter. "Uma pessoa morreu no Hospital Black Lion. Quero expressar minhas condolências à família e ao povo etíope", escreveu o representante do governo na rede social.

"O que ocorreu é tão triste. Mas nunca quebrará nossa unidade. Por enquanto, são 132 vítimas", ressaltou o ministro, indicando que oito pessoas estão em estado grave nos hospitais.

A explosão ocorreu pouco depois do fim do discurso de Abiy na famosa praça Meskel, na capital do país. O primeiro-ministro foi rapidamente retirado do palco por seguranças, como mostram imagens divulgadas pela Agência de Notícias Etíopes (ENA).

Em discurso na emissora estatal depois do incidente, o premiê disse que a ação foi um "ataque bem orquestrado que fracassou".

Depois da explosão, o primeiro-ministro prometeu que ataques deste tipo não impedirão que a coalizão governista, a Frente Democrática Revolucionária Etíope (EPRDF), de aplicar o programa reformista com o qual foi eleita.

"Quero garantir a vocês que não voltaremos atrás na Etiópia. O amor sempre ganha. Matar os outros é uma derrota. Aqueles que tentaram nos dividir não tiveram êxito", disse o primeiro-ministro, prometendo que os responsáveis pelo ataque serão levados à Justiça.

Segundo a emissora "OMN", duas mulheres e um homem foram presos pela polícia por relação com a explosão.

A delegação da União Europeia (UE) em Adis Abeba e a embaixada dos EUA no país condenaram o ataque.

Abiy Ahmed, que chegou ao poder em abril, é um jovem político reformista que adotou uma série de medidas que buscam entrar em uma época mais democrática e de maior liberdade na Etiópia, um caminho criticado por setores conservadores da coalizão governista.

O primeiro-ministro assumiu após a inesperada renúncia de seu antecessor, Hailemariam Desaleng, que decretou estado de emergência no país em resposta a uma crescente onda de protestos.

O novo premiê suspendeu o estado de emergência, libertou vários presos políticos, ofereceu dialogar com a oposição e decidiu aplicar o acordo de paz firmado em 2000 com a Eritréia.

Acompanhe tudo sobre:Ataques terroristasMortesTerrorismo

Mais de Mundo

Maduro convoca apoiadores para mobilização de votos de última hora

Venezuelanos protestam em Miami por não poderem votar nas eleições de seu país

Governo de Bangladesh restaura internet após protestos

Israel promete ‘revanche’ contra Hezbollah após foguete matar 12 em campo de futebol

Mais na Exame