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Governo espanhol se diz 'surpreso' por rebaixamento de nota soberana

Governo reclama que decisão só deveria ser tomada depois da reunião da cúpula europeia no próximo domingo

A ministra espanhola de Economia, Elena Salgado: reclamação sobre a queda da nota (Dani Pozo/AFP)
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Da Redação

Publicado em 19 de outubro de 2011 às 20h20.

Madri - O ministério espanhol das Finanças manifestou nesta quarta-feira sua "surpresa" pelo rebaixamento da nota da dívida soberana anunciada pela agência Moody's.

Segundo a Espanha , a agência deveria ter esperado os resultados da reunião europeia de domingo em Bruxelas, disse um porta-voz.

"O argumento principal que utilizam é a situação de instabilidade da Europa, então por que não esperam uns dias para ver a resolução europeia sobre esta questão?", disse à AFP um porta-voz que pediu anonimato.

Segundo ele, a decisão da Moody's de rebaixar a nota da Espanha em dois níveis, de 'Aa2' para 'A1', é um pouco contraditória.

"Em julho eles disseram que colocariam em revisão o rating para possível rebaixamento em um nível", disse o porta-voz, que recordou que a agência classificou de "muito positiva" a reforma da Constituição para limitar o teto do endividamento do país.

Em um comunicado aos bancos encarregados da dívida soberana, também o Tesouro espanhol critica a decisão da agência americana.

"Tal decisão pode estar motivada mais por uma reação de curto prazo às más notícias procedentes do mercado da dívida na zona do euro que por uma análise das perspectivas fundamentais da Espanha no médio e longo prazo", disse.

Em resposta ao argumento da Moody's sobre uma "suposta vulnerabilidade da Espanha à crise internacional", o Tesouro assegura que "o desendividamento do país permitiu reduzir de maneira significativa suas necessidades de financiamento externo", enquanto que as "emissões do Tesouro demonstraram resistência durante o verão".

O governo reiterou também seu compromisso "com a consolidação fiscal e as reformas estruturais".

O rebaixamento da nota espanhola pela Moody's segue as reduções efetuadas nos últimos dias pelas outras duas grandes agências de classificação financeira Fitch e Standard and Poor's.

Os mercados, no entanto, pareciam ignorar o rebaixamento da classificação creditícia espanhola. O Ibex 35, da Bolsa de Madri, obteve ganho de 0,43%, encerrando aos 8.849,50 pontos.

Já a diferença de rendimento dos bônus espanhois frente aos alemães, de referencia, caíam 6 pontos básicos, a 326, depois de terem subido 17 pontos básicos na véspera.

As demais bolsas europeias também terminaram em alta nesta quarta-feira, em um mercado atento principalmente à reunião europeia de domingo em Bruxelas, crucial para o futuro da Eurozona.

O índice Footsie-100 dos principais valores da Bolsa de Londres ganhou 40,14 pontos, 0,74%, fechando aos 5.450,49 pontos.

O CAC 40 da Bolsa de Paris subiu 0,52% para fechar aos 3.157,34 pontos.

Já o índice Dax da Bolsa de Frankfurt avançou 0,61%, a 5.913,53 pontos.

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Madri - O ministério espanhol das Finanças manifestou nesta quarta-feira sua "surpresa" pelo rebaixamento da nota da dívida soberana anunciada pela agência Moody's.

Segundo a Espanha , a agência deveria ter esperado os resultados da reunião europeia de domingo em Bruxelas, disse um porta-voz.

"O argumento principal que utilizam é a situação de instabilidade da Europa, então por que não esperam uns dias para ver a resolução europeia sobre esta questão?", disse à AFP um porta-voz que pediu anonimato.

Segundo ele, a decisão da Moody's de rebaixar a nota da Espanha em dois níveis, de 'Aa2' para 'A1', é um pouco contraditória.

"Em julho eles disseram que colocariam em revisão o rating para possível rebaixamento em um nível", disse o porta-voz, que recordou que a agência classificou de "muito positiva" a reforma da Constituição para limitar o teto do endividamento do país.

Em um comunicado aos bancos encarregados da dívida soberana, também o Tesouro espanhol critica a decisão da agência americana.

"Tal decisão pode estar motivada mais por uma reação de curto prazo às más notícias procedentes do mercado da dívida na zona do euro que por uma análise das perspectivas fundamentais da Espanha no médio e longo prazo", disse.

Em resposta ao argumento da Moody's sobre uma "suposta vulnerabilidade da Espanha à crise internacional", o Tesouro assegura que "o desendividamento do país permitiu reduzir de maneira significativa suas necessidades de financiamento externo", enquanto que as "emissões do Tesouro demonstraram resistência durante o verão".

O governo reiterou também seu compromisso "com a consolidação fiscal e as reformas estruturais".

O rebaixamento da nota espanhola pela Moody's segue as reduções efetuadas nos últimos dias pelas outras duas grandes agências de classificação financeira Fitch e Standard and Poor's.

Os mercados, no entanto, pareciam ignorar o rebaixamento da classificação creditícia espanhola. O Ibex 35, da Bolsa de Madri, obteve ganho de 0,43%, encerrando aos 8.849,50 pontos.

Já a diferença de rendimento dos bônus espanhois frente aos alemães, de referencia, caíam 6 pontos básicos, a 326, depois de terem subido 17 pontos básicos na véspera.

As demais bolsas europeias também terminaram em alta nesta quarta-feira, em um mercado atento principalmente à reunião europeia de domingo em Bruxelas, crucial para o futuro da Eurozona.

O índice Footsie-100 dos principais valores da Bolsa de Londres ganhou 40,14 pontos, 0,74%, fechando aos 5.450,49 pontos.

O CAC 40 da Bolsa de Paris subiu 0,52% para fechar aos 3.157,34 pontos.

Já o índice Dax da Bolsa de Frankfurt avançou 0,61%, a 5.913,53 pontos.

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