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Governo espanhol aposta em fortalecer laços com o Brasil

Na presença do embaixador brasileiro na Espanha, secretário para Cooperação Internacional admitiu que os dois países "tinham um preconceito mútuo"

Santander: na cidade espanhola, secretário de Estado da Espanha para Cooperação Internacional disse que seu país aposta em desenvolver uma relação bilateral com o Brasil (Joan Costa/Getty Images)
DR

Da Redação

Publicado em 30 de julho de 2012 às 10h49.

Santander - O secretário de Estado da Espanha para Cooperação Internacional e para a região ibero-americana, Jesús Gracia, disse nesta segunda-feira que o governo de seu país aposta em "desenvolver uma relação bilateral com o Brasil, além da regional que tem atualmente" com "a grande potência" da América Latina .

Em um curso da Universidade Internacional Menéndez Pelayo realizado em Santander e na presença do embaixador brasileiro na Espanha, Paulo César de Oliveira Campos, Gracia admitiu que há poucos anos os dois países "tinham um preconceito mútuo" e que, no caso espanhol, "existia um certo temor de não se encaixar com o Brasil".

Embora o secretário de Estado tenha louvado a presença de multinacionais espanholas no Brasil, reconheceu que entre ambos os países "faltava um diálogo político mais claro e confiante", um aspecto que, segundo sua opinião, "se resolveu da melhor maneira possível nos últimos meses".

Gracia disse que a Europa vive atualmente um momento "de conturbação, dificuldades e falta de orientação", por isso defendeu que o continente tenha como ponto de referência a América Latina e, especialmente, o Brasil, país que descreveu como "a grande potência da região em todos os parâmetros".


No entanto, ele também advertiu sobre a "preocupação" que representa para a Espanha e a União Europeia como um todo as barreiras às importações criadas pelo governo brasileiro devido à valorização de sua moeda, e pediu "uma solução positiva para todos".

Por sua vez, Oliveira Campos afirmou que o Brasil "aprendeu as aspirações democráticas e o valor dos direitos humanos" dos países da União Europeia e que o projeto de integração europeu "continua influenciando" na integração regional na América Latina.

Sobre as relações entre as duas regiões, o embaixador disse que os países em desenvolvimento "ocupam um espaço de destaque na economia mundial" e que "os caminhos da América Latina e da União Europeia se dirigem para uma relação mais equilibrada".

Outro participante do curso foi o ex-ministro espanhol Josep Piqué, que declarou considerar o Brasil "não somente uma potência regional, mas global", e descreveu sua diplomacia como "autônoma e de geometria variável".

No entanto, Piqué alertou sobre a redução do crescimento da economia brasileira - de 7,6% em 2010 para 2,7% no ano passado - e sobre o "perigo" representado pela aplicação de medidas protecionistas. Além disso, ele citou "o risco de bolha" em alguns setores da economia brasileira.

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Santander - O secretário de Estado da Espanha para Cooperação Internacional e para a região ibero-americana, Jesús Gracia, disse nesta segunda-feira que o governo de seu país aposta em "desenvolver uma relação bilateral com o Brasil, além da regional que tem atualmente" com "a grande potência" da América Latina .

Em um curso da Universidade Internacional Menéndez Pelayo realizado em Santander e na presença do embaixador brasileiro na Espanha, Paulo César de Oliveira Campos, Gracia admitiu que há poucos anos os dois países "tinham um preconceito mútuo" e que, no caso espanhol, "existia um certo temor de não se encaixar com o Brasil".

Embora o secretário de Estado tenha louvado a presença de multinacionais espanholas no Brasil, reconheceu que entre ambos os países "faltava um diálogo político mais claro e confiante", um aspecto que, segundo sua opinião, "se resolveu da melhor maneira possível nos últimos meses".

Gracia disse que a Europa vive atualmente um momento "de conturbação, dificuldades e falta de orientação", por isso defendeu que o continente tenha como ponto de referência a América Latina e, especialmente, o Brasil, país que descreveu como "a grande potência da região em todos os parâmetros".


No entanto, ele também advertiu sobre a "preocupação" que representa para a Espanha e a União Europeia como um todo as barreiras às importações criadas pelo governo brasileiro devido à valorização de sua moeda, e pediu "uma solução positiva para todos".

Por sua vez, Oliveira Campos afirmou que o Brasil "aprendeu as aspirações democráticas e o valor dos direitos humanos" dos países da União Europeia e que o projeto de integração europeu "continua influenciando" na integração regional na América Latina.

Sobre as relações entre as duas regiões, o embaixador disse que os países em desenvolvimento "ocupam um espaço de destaque na economia mundial" e que "os caminhos da América Latina e da União Europeia se dirigem para uma relação mais equilibrada".

Outro participante do curso foi o ex-ministro espanhol Josep Piqué, que declarou considerar o Brasil "não somente uma potência regional, mas global", e descreveu sua diplomacia como "autônoma e de geometria variável".

No entanto, Piqué alertou sobre a redução do crescimento da economia brasileira - de 7,6% em 2010 para 2,7% no ano passado - e sobre o "perigo" representado pela aplicação de medidas protecionistas. Além disso, ele citou "o risco de bolha" em alguns setores da economia brasileira.

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