Governo em Trípoli critica mediador da ONU na Líbia
O chefe do governo de Salvação Nacional acusou o diplomata espanhol de violar os tratados internacionais e ampliar a distância entre os dois Executivos rivais
Da Redação
Publicado em 9 de setembro de 2015 às 11h46.
Trípoli - Khalifa al Gauil, chefe do governo líbio com sede em Trípoli - não reconhecido internacionalmente, expressou nesta quarta-feira seu "profundo descontentamento" com a postura e a maneira de trabalho do enviado especial da ONU para a Líbia , Bernardino León, e pediu à secretária-geral "uma mudança".
Em comunicado divulgado através de seu site, o chefe do chamado governo de Salvação Nacional acusou o diplomata espanhol de violar os tratados internacionais e de ampliar a distância entre os dois Executivos rivais com sua decisão de negociar com as milícias "pelas costas".
"Tudo o que León quer fazer ficou claro. Estas conversas complicaram mais a situação e ampliaram a distância ente as duas partes do diálogo", precisou.
Por isso, exigiu que o secretário-geral da ONU, Ban Ki-moon, "intervenha de forma urgente" para reverter as estratégias políticas empreendidas por León.
Esta semana, o presidente do Congresso Nacional Geral (CNG), o parlamento não reconhecido de Trípoli, Nouri Abu Sahmain, já havia criticado o diplomata e ameaçado empreender ações legais contra o enviado espanhol se ele continuasse com seus contatos unilaterais com líderes militares de sua área de controle.
Em carta enviada à missão das Nações Unidas para a Líbia (UNSMIL), Sahmain recriminou León argumentando que, enquanto ele enviava seus representantes políticos para Istambul na semana passada, descobriu que a ONU preparava, sem consultá-lo, encontros com "líderes de grupos revolucionários" em Trípoli, Misrata, Zintan e Zawya.
Desde a morte do ditador Muammar Kadafi, em 2011, o país está dividido, com um governo rebelde em Trípoli e outro internacionalmente reconhecido em Tobruk, que lutam pelo controle dos recursos naturais apoiados por ex-membros do antigo regime, islamitas, líderes tribais e senhores da guerra que traficam armas, drogas e pessoas.
Da divisão se beneficiam grupos jihadistas ligados ao Estado Islâmico e à Al Qaeda no Magrebe Islâmico, que nos últimos meses ampliaram seu poder e influência no país.
Bernardino León assinou este agosto um acordo para a formação de um governo de união nacional com o Executivo de Tobruk, com a adesão de algumas milícias do oeste, mas que foi rejeitado pelo Executivo de Trípoli.
Trípoli - Khalifa al Gauil, chefe do governo líbio com sede em Trípoli - não reconhecido internacionalmente, expressou nesta quarta-feira seu "profundo descontentamento" com a postura e a maneira de trabalho do enviado especial da ONU para a Líbia , Bernardino León, e pediu à secretária-geral "uma mudança".
Em comunicado divulgado através de seu site, o chefe do chamado governo de Salvação Nacional acusou o diplomata espanhol de violar os tratados internacionais e de ampliar a distância entre os dois Executivos rivais com sua decisão de negociar com as milícias "pelas costas".
"Tudo o que León quer fazer ficou claro. Estas conversas complicaram mais a situação e ampliaram a distância ente as duas partes do diálogo", precisou.
Por isso, exigiu que o secretário-geral da ONU, Ban Ki-moon, "intervenha de forma urgente" para reverter as estratégias políticas empreendidas por León.
Esta semana, o presidente do Congresso Nacional Geral (CNG), o parlamento não reconhecido de Trípoli, Nouri Abu Sahmain, já havia criticado o diplomata e ameaçado empreender ações legais contra o enviado espanhol se ele continuasse com seus contatos unilaterais com líderes militares de sua área de controle.
Em carta enviada à missão das Nações Unidas para a Líbia (UNSMIL), Sahmain recriminou León argumentando que, enquanto ele enviava seus representantes políticos para Istambul na semana passada, descobriu que a ONU preparava, sem consultá-lo, encontros com "líderes de grupos revolucionários" em Trípoli, Misrata, Zintan e Zawya.
Desde a morte do ditador Muammar Kadafi, em 2011, o país está dividido, com um governo rebelde em Trípoli e outro internacionalmente reconhecido em Tobruk, que lutam pelo controle dos recursos naturais apoiados por ex-membros do antigo regime, islamitas, líderes tribais e senhores da guerra que traficam armas, drogas e pessoas.
Da divisão se beneficiam grupos jihadistas ligados ao Estado Islâmico e à Al Qaeda no Magrebe Islâmico, que nos últimos meses ampliaram seu poder e influência no país.
Bernardino León assinou este agosto um acordo para a formação de um governo de união nacional com o Executivo de Tobruk, com a adesão de algumas milícias do oeste, mas que foi rejeitado pelo Executivo de Trípoli.