Mundo

Governo egípcio pede que população vote em referendo

Autoridades egípcias chamaram os cidadãos a votar no sim, no primeiro dia do referendo sobre a nova Constituição

Forças de segurança abordam motorista durante referendo no Egito: espera-se que a Constituição seja aprovada com folga (AFP/Getty Images)

Forças de segurança abordam motorista durante referendo no Egito: espera-se que a Constituição seja aprovada com folga (AFP/Getty Images)

DR

Da Redação

Publicado em 14 de janeiro de 2014 às 08h23.

Cairo - As autoridades egípcias chamaram nesta terça-feira os cidadãos a votar no "sim", no primeiro dia do referendo sobre a nova Constituição, para apoiar o roteiro da etapa transitória e a luta contra o terrorismo.

Após depositar seu voto em um colégio eleitoral no Cairo, o presidente interino, Adly Mansour, assegurou que a votação de hoje e amanhã "não é só a favor da Constituição se também não for a favor do roteiro".

"O povo tem que mostrar ao terrorismo que não tem medo de nada", disse Mansour, segundo as declarações divulgadas pela televisão estatal.

O primeiro-ministro, Hazem el Beblaui, afirmou, após votar no colégio Al Selehdar, que é importante "uma grande participação para confirmar que a revolução segue o caminho correto".

Beblaui aludiu assim à chamada Revolução de 30 de junho, os protestos que precederam o golpe militar que depôs o presidente islamita Mohamed Mursi em 3 de julho.

Mediante este referendo, as atuais autoridades buscam legitimar seu roteiro, por isso que iniciaram uma campanha a favor do texto, que rebaixa o tom islamita da anterior Carta Magna e reforça o papel das Forças Armadas.

Na mesma linha de declarações se expressaram os ministros do gabinete, como o de Antiguidades, Mohammed Ibrahim, que pediu que votem "sim à Constituição da Revolução de 30 de Junho para conseguir a estabilidade do Egito e acabar com o terrorismo".

Por sua vez, o chefe do Exército e ministro da Defesa, Abdel Fatah al Sisi, assegurou que vão a atuar de maneira decisiva contra qualquer tentativa de causar o caos ou obstaculizar o referendo, disseram fontes militares à agência oficial "Mena".

Pouco antes da abertura dos centros de votação, uma bomba explodiu perto de um tribunal no bairro cairota de Imbaba, mas não deixou vítimas.

A nova Carta Magna emenda a aprovada pelos islamitas em 2012, que foi suspensa pelos militares em julho após a destituição do então presidente Mohamed Mursi.

Espera-se que a Constituição seja aprovada com folga devido aos débeis chamada ao "não" e ao boicote dos principais opositores do texto, como os Irmandade Muçulmana.

Acompanhe tudo sobre:ÁfricaEgitoIrmandade MuçulmanaReferendo

Mais de Mundo

Exército de Israel ordena novas evacuações no sul de Israel

Após conversar com chanceler de Maduro, Amorim recebe representantes da oposição neste sábado

Eleições na Venezuela: campanha de Maduro é onipresente, com drones, filme e horas na TV

Trump critica democratas durante encontro com Netanyahu na Flórida

Mais na Exame