Governo e separatistas acertam trégua de Páscoa na Ucrânia
Esse anúncio é feito na mesma semana em que a OSCE lançou um alerta, na última quarta (27), contra o recrudescimento das violações do cessar-fogo
Da Redação
Publicado em 29 de abril de 2016 às 20h10.
O governo ucraniano e os separatistas pró-russos do leste do país concordaram, nesta sexta-feira, em aplicar uma trégua no período de Páscoa celebrado neste fim de semana pelos ortodoxos.
Uma porta-voz do representante da presidência ucraniana nas negociações - realizadas sob patrocínio da Organização para Segurança e Cooperação na Europa (OSCE) - declarou que a trégua entra em vigor à meia-noite desta sexta (18h no horário de Brasília) nas províncias rebeldes de Lugansk e de Donetsk.
Esse anúncio é feito na mesma semana em que a OSCE lançou um alerta, na última quarta (27), contra o recrudescimento das violações do cessar-fogo existente.
Este último resultou dos acordos de paz concluídos graças a uma mediação internacional em Minsk, na Belarus, em fevereiro de 2015.
"Foi decretado que a ordem seria dada a todos os responsáveis no terreno de respeitar, estritamente, o cessar-fogo", escreveram as partes em um comunicado comum.
O texto foi reproduzido no Facebook pela porta-voz ucraniana Darka Olifer.
Em sua principal página na Internet, os rebeldes separatistas disseram que a OSCE se comprometeu a monitorar o respeito da trégua, que ficará em vigor durante a Páscoa.
Essa trégua deve continuar até as comemorações em 9 de maio, nas regiões rebeldes, da vitória sobre a Alemanha nazista.
O site separatista destacou, porém, que "pelo menos sete tréguas" foram decretadas desde o início das negociações de paz em Minsk, no final de 2014. A cada tentativa, o cessar-fogo é rompido.
Desde o início do conflito, em abril de 2014, o número de mortos chega a 9.300.
Em nota divulgada nesta sexta à noite, a França pediu "às partes que respeitem estritamente" o novo acordo.
"Esse acordo, que surge após um aumento preocupante dos combates no leste da Ucrânia, é uma oportunidade para restabelecer a paz", destacou, na nota oficial, o porta-voz da Chancelaria francesa, Romain Nadal.
Em um comunicado, o ministro alemão das Relações Exteriores, Frank-Walter Steinmeier, também ressaltou o fato de o acordo ser uma chance "de evitar uma nova escalada da violência".
Segundo as partes envolvidas no conflito ucraniano, a reunião de hoje não chegou a um acordo sobre uma troca de prisioneiros prevista para acontecer na Páscoa.
A porta-voz ucraniana declarou ainda que nenhum progresso foi feito em relação à organização de eleições locais nas regiões em mãos rebeldes.
"Não podemos tratar das questões políticas, incluindo aquelas sobre as eleições nas regiões do leste - que não estão sob controle da Ucrânia - sem antes chegarmos a um acordo sobre como acabar com a violência", postou Olifer no Facebook.
O governo ucraniano e os separatistas pró-russos do leste do país concordaram, nesta sexta-feira, em aplicar uma trégua no período de Páscoa celebrado neste fim de semana pelos ortodoxos.
Uma porta-voz do representante da presidência ucraniana nas negociações - realizadas sob patrocínio da Organização para Segurança e Cooperação na Europa (OSCE) - declarou que a trégua entra em vigor à meia-noite desta sexta (18h no horário de Brasília) nas províncias rebeldes de Lugansk e de Donetsk.
Esse anúncio é feito na mesma semana em que a OSCE lançou um alerta, na última quarta (27), contra o recrudescimento das violações do cessar-fogo existente.
Este último resultou dos acordos de paz concluídos graças a uma mediação internacional em Minsk, na Belarus, em fevereiro de 2015.
"Foi decretado que a ordem seria dada a todos os responsáveis no terreno de respeitar, estritamente, o cessar-fogo", escreveram as partes em um comunicado comum.
O texto foi reproduzido no Facebook pela porta-voz ucraniana Darka Olifer.
Em sua principal página na Internet, os rebeldes separatistas disseram que a OSCE se comprometeu a monitorar o respeito da trégua, que ficará em vigor durante a Páscoa.
Essa trégua deve continuar até as comemorações em 9 de maio, nas regiões rebeldes, da vitória sobre a Alemanha nazista.
O site separatista destacou, porém, que "pelo menos sete tréguas" foram decretadas desde o início das negociações de paz em Minsk, no final de 2014. A cada tentativa, o cessar-fogo é rompido.
Desde o início do conflito, em abril de 2014, o número de mortos chega a 9.300.
Em nota divulgada nesta sexta à noite, a França pediu "às partes que respeitem estritamente" o novo acordo.
"Esse acordo, que surge após um aumento preocupante dos combates no leste da Ucrânia, é uma oportunidade para restabelecer a paz", destacou, na nota oficial, o porta-voz da Chancelaria francesa, Romain Nadal.
Em um comunicado, o ministro alemão das Relações Exteriores, Frank-Walter Steinmeier, também ressaltou o fato de o acordo ser uma chance "de evitar uma nova escalada da violência".
Segundo as partes envolvidas no conflito ucraniano, a reunião de hoje não chegou a um acordo sobre uma troca de prisioneiros prevista para acontecer na Páscoa.
A porta-voz ucraniana declarou ainda que nenhum progresso foi feito em relação à organização de eleições locais nas regiões em mãos rebeldes.
"Não podemos tratar das questões políticas, incluindo aquelas sobre as eleições nas regiões do leste - que não estão sob controle da Ucrânia - sem antes chegarmos a um acordo sobre como acabar com a violência", postou Olifer no Facebook.