Governo e rebeldes do Sudão do Sul aceitam cessar-fogo
Presidente e líder rebelde chegaram a um acordo para pôr fim ao ciclo de violência no país
Da Redação
Publicado em 9 de maio de 2014 às 21h52.
Washington - O presidente do Sudão do Sul , Salva Kiir, e o líder rebelde Riek Machar chegaram a um acordo de cessar-fogo para pôr fim ao ciclo de violência no país africano. O anúncio foi feito em Washington pela conselheira de Segurança Nacional dos Estados Unidos, Susan Rice.
Ao revelar o acordo, Susan Rice declarou que "o pacto traz consigo a promessa de levar esta crise a um fim". Em janeiro, uma trégua entre Kiir e Machar ruiu em poucos dias.
A violência étnica na mais jovem nação do mundo já deixou milhares de mortos e forçou mais de 1,3 milhão de pessoas a abandonarem suas casas desde dezembro.
Minorias ameaçadas:Bantu, Benadiri, Gabooye; líderes de clãs Hawiye e DarodA maior ameaça na Somália é a crescente dominação do grupo extremista islâmico Al Shabab. O governo tem evitado que eles se instalem nas cidades, que acabam dominando as áreas rurais no país. Os Bantu são o povo mais ameaçado pelo conflito armado, por conta do histórico preconceito que sofrem - por serem ligados aos antigos escravos somali.
Minorias ameaçadas:Fur, Zaghawa, Massalit and others in Darfur; Ngok Dinka,Nuba e BejaO conflito com o Sudão do Sul e com os rebeldes tem causado uma grande onda de refugiados no país. O governo tenta controlar os ataques em Darfur, enquanto forças humanitárias dizem que são impedidas de entrar no país. Uma das razões do conflito é que o governo central se recusa a dividir riquezas e poderes com as diversas minorias do país.
Minorias ameaçadas:Hazara, Pashtun, Tajiks, Uzbeks, Turkmen, Baluchis A constante ameaça do Taleban e de outros grupos contrários ao governo fez com que as mortes de civis subissem 14% em 2013. A briga entre a Força Nacional, formada por três minorias, e a oposição Pashtun, ligada ao Taleban, pode gerar novos conflitos étnicos.
Minorias ameaçadas:xiitas, sunitas, curdos, Turkmen, cristãos, mandeus, palestinos, Yezidis, Shabak, Faili Kurds, Bahá’ís 2013 foi o ano mais mortal para o Iraque desde 2007. Além disso, a violência entre muçulmanos shia e sunitas vem crescendo. Com 8 mil civis mortos no ano passado, os povos mais ameaçados são os xiitas, sunitas e assírios.
Minorias ameaçadas:xiitas, Ahmadiyya, hindus (religiões); Baluchis, Mohhajirs, Pashtun, Sindhis (minorias) Além dos conflitos dos grupos extremistas no norte do país, há ameçadas em todo o território para os cristãos e muçulmanos ahmadi. Militantes ligados às comunidades deobandi e barelvi também estão deixando o cenário paquistanês ainda mais instável.
Minorias ameaçadas:Kachin, Karenni, Karen, Mons, Rakhine, Rohingyas, Shan, Chin (Zomis), Wa Mesmo com a queda da ditadura de décadas no Mianmar, os muçulmanos continuam ameaçados no país por radicais budistas. Segundo a ONU, a minoria Rohingya, com um milhão de membros, é a mais ameaçada. Cerca de 10 mil deles já vivem em campos de refugiados.
Minorias ameaçadas:Anuak, Afars, Oromo, somalis O povo Anuak, por exemplo, que vive há séculos na beira dos rios do sudoeste etíope, está sendo expulso e violado pelo governo atual. O plano do governo de expandir as fronteira da capital, Addis Ababa, também está ameaçando a minoria Oromo.