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Governo e oposição multiplicam crimes na Síria, diz ONU

Forças governamentais e os grupos opositores seguem praticando crimes de guerra na Síria, entre os quais a "violência sexual", afirma relatório da ONU

Soldados do Exército Livre sírio: "forças governamentais e pró-governo (milícias ligadas ao regime) seguem realizando amplos ataques contra a população civil", diz ONU (Muzaffar Salman/Reuters)
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Da Redação

Publicado em 11 de setembro de 2013 às 09h33.

Genebra - As forças governamentais e os grupos opositores radicalizados pela infiltração de combatentes estrangeiros seguem praticando crimes de guerra na Síria , entre os quais a "violência sexual", afirmou um detalhado relatório divulgado nesta quarta-feira por uma comissão investigadora da ONU liderado pelo diplomata brasileiro Paulo Sergio Pinheiro.

"As forças governamentais e pró-governo (milícias ligadas ao regime) seguem realizando amplos ataques contra a população civil, perpetrando assassinatos, torturas, estupros e desaparições forçadas consideradas crimes contra a humanidade", afirmam os autores do relatório.

A comissão apresentou em seu documento uma recopilação de evidências sobre os crimes mais graves ocorridos entre 15 de maio e 15 de julho no contexto do conflito armado sírio.

O conteúdo do relatório, junto com uma atualização dos fatos mais recentes, será apresentado pela comissão na próxima segunda-feira no Conselho de Direitos Humanos das Nações Unidas, em Genebra.

O documento volta a acusar as forças do governo de Bashar al-Assad de um grande número de "violações dos direitos humanos e de crimes de guerra", como torturas, sequestros, assassinatos, execuções sem processo judicial e ataques contra hospitais ou escolas, que deveriam estar protegidos de atos violentos.

As forças antigovernamentais também são acusadas de crimes de guerra similares, assim como de ter sitiado e bombardeado de maneira indiscriminada bairros civis.

O dossiê também faz referência a grupos armados curdos, que operam no norte da Síria e são acusados de recrutar e utilizar menores, a partir de 14 anos, como soldados.


O relatório, o sétimo que a comissão apresenta desde sua criação, coincide com os preparativos para uma reunião de último minuto que ocorrerá amanhã em Genebra entre os chefes da diplomacia da Rússia e Estados Unidos.

O ministro russo das Relações Exteriores, Serguei Lavrov, e o secretário de Estado americano, John Kerry, tentarão chegar a um acordo sobre a proposta de Moscou de pôr sob controle internacional as armas químicas do regime sírio.

Sobre a evolução do conflito, o relatório encarregado pela ONU confirma que a forças governamentais recuperaram o controle de cidades e centros econômicos importantes na Síria, com exceção de Alepo .

Além disso, o documento confirma temores sobre a radicalização da oposição pela infiltração de combatentes estrangeiros e a importância assumida por grupos extremistas que entraram na luta, alguns dos quais estão em listas internacionais de organizações terroristas.

Os membros da comissão afirmaram que o fracasso de uma solução política ao conflito não só levou a "uma maior intransigência" das partes que se enfrentam na Síria, mas também a um agravamento da situação, "com novos atos e crimes antes inimagináveis".

"Optar por uma ação militar na Síria intensificará o sofrimento dos civis dentro do país e servirá para que uma solução fique fora de alcance", acrescentaram.

Entre os crimes relatados, o texto afirmou que "a violência sexual" tem um papel predominante nesta guerra e que "ocorre em batidas, postos de controle, centros de detenção e prisões em todo o país".

"A ameaça do estupro é usada para aterrorizar e castigar as mulheres, homens e crianças percebidos como da oposição", segundo o documento.

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Genebra - As forças governamentais e os grupos opositores radicalizados pela infiltração de combatentes estrangeiros seguem praticando crimes de guerra na Síria , entre os quais a "violência sexual", afirmou um detalhado relatório divulgado nesta quarta-feira por uma comissão investigadora da ONU liderado pelo diplomata brasileiro Paulo Sergio Pinheiro.

"As forças governamentais e pró-governo (milícias ligadas ao regime) seguem realizando amplos ataques contra a população civil, perpetrando assassinatos, torturas, estupros e desaparições forçadas consideradas crimes contra a humanidade", afirmam os autores do relatório.

A comissão apresentou em seu documento uma recopilação de evidências sobre os crimes mais graves ocorridos entre 15 de maio e 15 de julho no contexto do conflito armado sírio.

O conteúdo do relatório, junto com uma atualização dos fatos mais recentes, será apresentado pela comissão na próxima segunda-feira no Conselho de Direitos Humanos das Nações Unidas, em Genebra.

O documento volta a acusar as forças do governo de Bashar al-Assad de um grande número de "violações dos direitos humanos e de crimes de guerra", como torturas, sequestros, assassinatos, execuções sem processo judicial e ataques contra hospitais ou escolas, que deveriam estar protegidos de atos violentos.

As forças antigovernamentais também são acusadas de crimes de guerra similares, assim como de ter sitiado e bombardeado de maneira indiscriminada bairros civis.

O dossiê também faz referência a grupos armados curdos, que operam no norte da Síria e são acusados de recrutar e utilizar menores, a partir de 14 anos, como soldados.


O relatório, o sétimo que a comissão apresenta desde sua criação, coincide com os preparativos para uma reunião de último minuto que ocorrerá amanhã em Genebra entre os chefes da diplomacia da Rússia e Estados Unidos.

O ministro russo das Relações Exteriores, Serguei Lavrov, e o secretário de Estado americano, John Kerry, tentarão chegar a um acordo sobre a proposta de Moscou de pôr sob controle internacional as armas químicas do regime sírio.

Sobre a evolução do conflito, o relatório encarregado pela ONU confirma que a forças governamentais recuperaram o controle de cidades e centros econômicos importantes na Síria, com exceção de Alepo .

Além disso, o documento confirma temores sobre a radicalização da oposição pela infiltração de combatentes estrangeiros e a importância assumida por grupos extremistas que entraram na luta, alguns dos quais estão em listas internacionais de organizações terroristas.

Os membros da comissão afirmaram que o fracasso de uma solução política ao conflito não só levou a "uma maior intransigência" das partes que se enfrentam na Síria, mas também a um agravamento da situação, "com novos atos e crimes antes inimagináveis".

"Optar por uma ação militar na Síria intensificará o sofrimento dos civis dentro do país e servirá para que uma solução fique fora de alcance", acrescentaram.

Entre os crimes relatados, o texto afirmou que "a violência sexual" tem um papel predominante nesta guerra e que "ocorre em batidas, postos de controle, centros de detenção e prisões em todo o país".

"A ameaça do estupro é usada para aterrorizar e castigar as mulheres, homens e crianças percebidos como da oposição", segundo o documento.

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