Há várias semanas a imprensa local assegurava que o governo de Netanyahu não conseguiria chegar ao fim de seu mandato por causa de dois projetos polêmicos que provavelmente iriam fragmentar a coalizão (Gali Tibbon/AFP)
Da Redação
Publicado em 2 de maio de 2012 às 10h50.
Jerusalém - A oposição e os partidos da coalizão que apoia o governo do primeiro-ministro israelense, Benjamin Netanyahu, chegaram nesta quarta-feira a um acordo para dissolver o Parlamento na próxima segunda-feira e convocar eleições antecipadas neste ano.
O acordo foi respaldado por quase todos os partidos da Câmara, informou o jornal "Jerusalem Post". Os partidos Trabalhista e Meretz, ambos de centro-esquerda, serão os encarregados de levar a proposta para votação na segunda-feira.
A dissolução do Parlamento significa que num prazo de três a cinco meses serão realizadas eleições gerais, segundo a publicação, uma situação que foi debatida pelos líderes do governo e a oposição nos últimos dias.
Há várias semanas a imprensa local assegurava que o governo de Netanyahu não conseguiria chegar ao fim de seu mandato por causa de dois projetos polêmicos que provavelmente iriam fragmentar a coalizão.
O primeiro deles é uma lei que obrigará os judeus ultra-ortodoxos a servir no exército. O segundo será o orçamento geral do estado para 2013.
A intenção é marcar as eleições para antes das festas pelo Ano Novo judaico, celebrado entre 28 de agosto e 4 de setembro. O jornal "Yedioth Ahronoth" informou hoje que a data definitiva será conhecida após o primeiro-ministro encerrar, no próximo domingo, uma semana de luto devido à morte de seu pai.
O chefe da oposição, Shaul Mofaz, propôs que a votação ocorra em 14 de outubro, após as festas de Ano Novo. A data original das eleições foi fixada em 2009 para 22 de outubro de 2013.