Mundo

Governo e oposição da Tunísia começam diálogo nacional

Diálogo nacional entre o governo da Tunísia e a oposição para encontrar uma saída para a profunda crise em que o país está imerso começou hoje


	Mulher agita a bandeira da Tunísia, na abertura do Fórum Social Mundial: líderes das principais forças políticas se reuniram hoje
 (Fethi Belaid/AFP)

Mulher agita a bandeira da Tunísia, na abertura do Fórum Social Mundial: líderes das principais forças políticas se reuniram hoje (Fethi Belaid/AFP)

DR

Da Redação

Publicado em 25 de outubro de 2013 às 13h43.

Túnis - O diálogo nacional entre o governo da Tunísia e a oposição para encontrar uma saída para a profunda crise em que o país está imerso, começou nesta sexta-feira após várias semanas de demoras.

Os líderes das principais forças políticas se reuniram hoje na sede do Ministério de Direitos Humanos, na capital tunisiana, depois que nesta manhã o primeiro-ministro da Tunísia, Ali Laridi, renovou mais uma vez seu compromisso de dissolver o executivo liderado pelo partido islamita Al-Nahda dentro de três semanas.

"O início oficial do diálogo é um alívio para todos, que nos permite relaxar depois dos traumáticos últimos dias", disse à Agência Efe a deputada opositora Selma Bakar.

Selma se referia ao assassinato, na quarta-feira passada, de oito membros da Guarda Nacional tunisiana por um grupo armado.

O incidente adiou a primeira sessão do diálogo, prevista para quarta-feira, e gerou uma nova onda de protestos em todo o país.

A política opositora, porta-voz do grupo de 50 deputados que suspendeu em julho sua atividade parlamentar para exigir o começo de um diálogo nacional e forçar a renúncia do Executivo, ressaltou que os legisladores dissidentes voltarão amanhã, sábado, a seus trabalhos.

"Toda a sociedade tunisiana está nos observando, por isso não pode haver mais desculpas que atrasem e o roteiro deve ser seguido com todo o rigor", acrescentou a parlamentar, antes de concluir que "o país está traumatizado e no limite de suas forças".

Em 5 de outubro, governo e oposição traçaram o compromisso de se sentar para negociar. Segundo o roteiro estipulado por ambas as partes, o primeiro-ministro, o islamita Ali Laridi, se comprometeu a dissolver o Executivo uma vez começado o diálogo para abrir passagem para um governo de consenso formado por tecnocratas e dirigido por uma personalidade independente.

Além disso, o roteiro expõe que, paralelamente ao diálogo, a Assembleia Nacional Constituinte deve finalizar a redação da nova constituição e da lei eleitoral, assim como constituir um órgão supremo eleitoral que deve fixar a data das próximas eleições legislativas e presidenciais.

A atual crise política, econômica e de segurança na Tunísia eclodiu em 25 de julho, após o assassinato do deputado opositor Mohammed al Brahmi.

Acompanhe tudo sobre:Crise políticaPolíticaTunísia

Mais de Mundo

Israel reconhece que matou líder do Hamas em julho, no Irã

ONU denuncia roubo de 23 caminhões com ajuda humanitária em Gaza após bombardeio de Israel

Governo de Biden abre investigação sobre estratégia da China para dominar indústria de chips

Biden muda sentenças de 37 condenados à morte para penas de prisão perpétua