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Governo do Sudão do Sul nega que esteja realizando limpeza étnica

Ontem, o líder da tribo sul-sudanesa shiluk acusou o presidente do Sudão do Sul, Salva Kiir, de cometer uma limpeza étnica contra seu grupo

Sudão do Sul: o porta-voz assegurou em entrevista coletiva na capital Juba que "essas mentiras" têm como objetivo que o país passe a estar sob a ocupação dos EUA (James Akena/Reuters)
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EFE

Publicado em 9 de março de 2017 às 16h42.

Juba - O porta-voz do governo do Sudão do Sul , Michael Makuei Lueth, negou nesta quinta-feira que esteja acontecendo uma limpeza étnica no país, como assinalou a ONU em vários relatórios e denunciaram vários grupos tribais e políticos.

Makuei Lueth assegurou em entrevista coletiva na capital Juba que "essas mentiras" têm como objetivo que o país passe a estar sob a ocupação dos Estados Unidos.

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O porta-voz e ministro da Informação do Sudão do Sul acrescentou que há informações "enganosas" que apontam que os rebeldes controlam muitas áreas do país, mas o governo domina as principais localidades.

"Há pessoas que querem comercializar com o Sudão do Sul através de meios estrangeiros", disse Lueth.

Ontem, o líder da tribo sul-sudanesa shiluk, Dak Koungo Padiet, acusou o presidente do Sudão do Sul, Salva Kiir, de cometer uma limpeza étnica contra seu grupo, um dos mais destacados deste país, no estado de Alto Nilo.

Nesta segunda-feira, a comissão de investigação da ONU sobre os abusos cometidos no Sudão do Sul denunciou em seu relatório que no país africano são cometidas diariamente atrocidades e humilhações que poderiam constituir crimes de guerra.

A comissão apresentará no próximo dia 14 de março perante o Conselho de Direitos Humanos seu relatório, no qual também denuncia "que atualmente se desenvolve no país um processo de limpeza étnica".

O Sudão do Sul se encontra imerso na violência desde que, em dezembro de 2013, Kiir, da tribo dinka, denunciou uma tentativa de golpe de Estado liderado por seu vice-presidente, Riek Machar, dos nuer.

Embora ambos tenham alcançado um acordo de paz em agosto de 2015, a tensão voltou a explodir no país em julho do ano passado e os combates continuaram desde então.

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