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Governo de Maduro prende ex-prefeito oposicionista

Agentes de inteligência da Venezuela levaram para a prisão o ex-prefeito oposicionista Daniel Ceballos. Ele já estava em prisão domiciliar desde 2015


	Nicolás Maduro: presidente da Venezuela diz que país não tem prisioneiros políticos
 (Miraflores Palace / Reuters)

Nicolás Maduro: presidente da Venezuela diz que país não tem prisioneiros políticos (Miraflores Palace / Reuters)

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Da Redação

Publicado em 27 de agosto de 2016 às 14h36.

Caracas - Agentes de inteligência da Venezuela levaram para a prisão neste sábado o ex-prefeito oposicionista Daniel Ceballos, afirmou sua mulher através de sua conta na rede social Twitter.

Ceballos já estava em prisão domiciliar desde 2015, depois de ter sido preso a primeira vez em 2014, acusado de ter ajudado a fomentar manifestações violentas na cidade de San Cristóbal, onde era prefeito. Ele nega as acusações.

Líderes da oposição classificaram sua prisão como um esforço do governo de Nicolás Maduro para anular dissidências e descrevem Ceballos como um prisioneiro político. Maduro, no entanto, o chama de "um criminoso que tenta desestabilizar o país" e nega que a Venezuela tenha prisioneiros políticos.

Patrícia de Ceballos afirmou que agentes da Sebin, agência do serviço de inteligência, chegaram a sua residência em torno de 3h afirmando que iriam fazer um exame médico em seu marido, a quem foi concedido a prisão domiciliar por razões de saúde.

"Eles o colocaram em uma ambulância e lá mostraram um mandado de transferência para prisão", disse ela em um vídeo postado no Twitter. Reuters não conseguiu ainda um comentário do escritório da vice-presidência, que supervisiona a Sebin.

A Venezuela enfrenta intensa pressão internacional para libertar líderes oposicionistas, incluindo Ceballos e Leopoldo Lopez, outro ex-prefeito que foi preso em 2014 em conexão com demonstrações contra o governo. Maduro afirma que Ceballos e Lopez são "perigosos golpistas" que planejam derrubar seu governo, e os acusa por mais de 40 mortes ocorridas nos protestos de 2014. 

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