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Governo da Ucrânia duvida que EUA reconheceçam Crimeia como russa

Trump havia insinuado que, se fosse eleito presidente, poderia reconhecer a península da Crimeia como parte da Rússia

Petro Poroshenko: Trump tinha defendido uma mudança na relação com a Rússia (Sergei Supinsky/AFP)

Petro Poroshenko: Trump tinha defendido uma mudança na relação com a Rússia (Sergei Supinsky/AFP)

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EFE

Publicado em 14 de novembro de 2016 às 12h29.

Copenhague - O presidente da Ucrânia, Petro Poroshenko, afirmou nesta segunda-feira que não acredita que a chegada do republicano Donald Trump à presidência dos Estados Unidos suponha uma mudança nas relações com a Ucrânia e o reconhecimento da Crimeia como território russo.

"Não temos nenhuma informação sobre um acordo entre Estados Unidos e Rússia sobre a Crimeia. Nenhum Estado no mundo, salvo Coreia do Norte e Venezuela, reconhece a Crimeia como russa. E os Estados Unidos não são a Coreia do Norte", declarou Poroshenko em Estocolmo.

Nos debates e entrevistas durante a campanha eleitoral, Trump tinha defendido uma mudança na relação com a Rússia e insinuou que, se fosse eleito presidente, poderia reconhecer a península da Crimeia como parte da Rússia.

Poroshenko defendeu em um comparecimento conjunto com o primeiro-ministro sueco, Stefan Löfven, que as sanções econômicas à Rússia pelo conflito na Ucrânia deveriam se prolongar por um ano, e não de seis em seis meses como até agora.

"Se houvesse progresso, também seria fácil suspendê-las de forma rápida", afirmou Poroshenko, que condicionou o cancelamento das sanções ao cumprimento dos acordos de Minsk (Belarus) de fevereiro de 2015 entre a Ucrânia e os separatistas pró-Rússia.

O premiê sueco manifestou seu total apoio ao governo ucraniano e afirmou que um quarto de seus ministros fez visitas de trabalho à Ucrânia nos últimos dois anos, o que reflete o "compromisso" de seu Executivo com "o futuro europeu" deste país.

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