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Governo da Nigéria liberta 100 estudantes que foram sequestrados

Ainda permanecem em cativeiro aproximadamente 153 menores e todo o corpo docente

Crianças: 303 estudantes sequestrados em novembro na Escola Católica St. Mary’s (LIGHT ORIYE TAMUNOTONYE/AFP)

Crianças: 303 estudantes sequestrados em novembro na Escola Católica St. Mary’s (LIGHT ORIYE TAMUNOTONYE/AFP)

Da Redação
Da Redação

Redação Exame

Publicado em 8 de dezembro de 2025 às 18h24.

Pelo menos 100 dos 303 estudantes sequestrados em novembro na Escola Católica St. Mary’s, no estado de Níger, no norte da Nigéria, foram libertados pelo governo do presidente Bola Ahmed Tinubu. A informação foi confirmada nesta segunda-feira pela Associação Cristã da Nigéria (CAN) à agência EFE.

Segundo a entidade, a libertação foi confirmada tanto pelo escritório do Assessor de Segurança Nacional quanto pelo governo estadual.

Do total de 303 alunos e 12 integrantes do corpo docente sequestrados por indivíduos armados, cerca de 50 estudantes conseguiram escapar por conta própria entre os dias 21 e 22 de novembro.

Ainda permanecem em cativeiro aproximadamente 153 menores e todo o corpo docente.

A CAN informou que a comunidade aguarda a entrega dos estudantes libertados e destacou a expectativa das famílias pelo retorno das crianças.

O bispo Bulus Yohanna, presidente da associação no estado de Níger e proprietário do internato onde ocorreu o ataque, também confirmou a libertação à EFE e disse esperar que os demais sequestrados sejam soltos o mais rápido possível.

Ataques na Nigéria

Diante da escalada de ataques, o governo da Nigéria determinou o fechamento temporário de 41 internatos nos estados de Níger e Kebbi, no noroeste, e em Plateau e Benue, na região central do país, áreas consideradas os principais focos de sequestros e assassinatos.

A polícia deslocou unidades táticas, militares e outras agências de segurança para operações de busca e resgate nas regiões afetadas.

Um relatório do Fundo das Nações Unidas para a Infância (Unicef), divulgado em abril de 2024, aponta que apenas 37% das escolas de dez estados nigerianos impactados por conflitos contam com sistemas de alerta precoce contra ameaças.

Alguns estados do centro e do noroeste da Nigéria sofrem ataques frequentes de grupos conhecidos localmente como “bandidos”, termo usado para designar gangues criminosas envolvidas em assaltos e sequestros em massa para extorsão.

A esse cenário se soma, desde 2009, a atuação do grupo jihadista Boko Haram no nordeste do país e, a partir de 2016, de sua dissidência, o Estado Islâmico na Província da África Ocidental (ISWAP).

Em 2014, o Boko Haram sequestrou 276 meninas de uma escola na localidade de Chibok. Embora muitas tenham escapado, ao menos 91 ainda não retornaram para casa, segundo a Organização das Nações Unidas.

*Com informações da EFE

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