Nicarágua: protestos começaram em meados de abril contra mudanças no sistema de seguridade social no país (Oswaldo Rivas/Reuters)
Estadão Conteúdo
Publicado em 21 de maio de 2018 às 17h44.
Última atualização em 21 de maio de 2018 às 17h45.
Por AP
Manágua - Investigadores da Comissão Interamericana de Direitos Humanos (CIDH) afirmaram, nesta segunda-feira, 21, que o governo da Nicarágua violou direitos humanos com o uso excessivo de força contra manifestantes, durante atos que tomaram as ruas do país recentemente.
Ao menos 76 pessoas foram mortas e quase 900 ficaram feridas durante os protestos, que duraram cerca de um mês, e foram violentamente reprimidos pela polícia e outros grupos governamentais por ordem do presidente Daniel Ortega.
O relator sobre liberdade de expressão da comissão, Edison Lana, disse que o governo confirmou o número de mortos nesta segunda-feira.
Os investigadores da CIDH chegaram à Nicarágua na quinta-feira e viajaram por várias partes do país. Eles pediram ao governo de Ortega a garantia de que armas letais não serão utilizadas contra manifestantes.
Os protestos começaram em meados de abril contra mudanças no sistema de seguridade social no país. Dentro de poucos dias, Ortega reverteu as mudanças, mas os atos aumentaram, e passaram a pedir também sua renúncia.