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Governo da França nega denúncia de espionagem a Fillon e Le Pen

O ministro da Justiça afirmou que qualquer afirmação sobre grampos é, no pior dos casos, "uma tentativa de manipular a realidade"

François Fillon: o ministro classificou as denúncias de "fantasiosas" e "singulares" (Charles Platiau/Reuters)
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EFE

Publicado em 27 de março de 2017 às 11h12.

Paris - O governo da França denunciou nesta segunda-feira uma tentativa de manipulação da opinião pública após as acusações dos candidatos à presidência do país François Fillon e Marine Le Pen de que estariam sendo espionados pelas autoridades.

Em comunicado, o ministro da Justiça, Jean-Jacques Urvoas, disse que, desde a chegada do presidente François Hollande ao poder em 2012, o governo não interfere nos procedimentos judiciais.

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Urvoas reiterou que as intercepções de comunicações são "atos de investigação cujo início depende unicamente da decisão de magistrados independentes responsáveis pelos casos".

Por esse motivo, o ministro classificou de "fantasiosas" e "singulares" as denúncias de Fillon e Le Pen, que nos últimos dias declararam terem sido vítimas de espionagem por parte do governo.

O ministro da Justiça afirmou que qualquer afirmação sobre grampos é, no melhor dos casos, "pura especulação". No pior, "uma tentativa de manipular a realidade".

"Esse tipo de comportamento esconde a rejeição evidente em prestar contas à Justiça", criticou Urvoas.

As críticas foram uma clara referência aos dois candidatos, que são alvos de diferentes investigações judiciais e que dominam a pauta das eleições presidenciais do próximo dia 23 de abril.

Fillon, acusado de ter empregado sua mulher e filhos como assistentes parlamentares sem que eles trabalhassem de fato na Assembleia Nacional, afirmou que Hollande está por trás dos vazamentos que originaram o caso e pediu uma investigação sobre o que batizou de "gabinete negro" a serviço do presidente.

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