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Governo da Colômbia e Farc têm agenda para retirada de minas

O governo definiu o roteiro para a implementação do projeto piloto de desminagem, com o apoio da organização Ajuda Popular Noruega


	Grupo de guerrilheiros das Farc nas montanhas de Jambalo: Apesar deste avanço, as negociações seguem paralisadas quanto à reparação às vítimas do conflito armado
 (Luis Robayo/AFP)

Grupo de guerrilheiros das Farc nas montanhas de Jambalo: Apesar deste avanço, as negociações seguem paralisadas quanto à reparação às vítimas do conflito armado (Luis Robayo/AFP)

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Da Redação

Publicado em 8 de maio de 2015 às 15h55.

Havana - O governo da Colômbia e a guerrilha comunista das Farc acordaram nesta sexta-feira o "roteiro" para a retirada das minas, que começará nos departamentos de Antioquia (norte) e Meta (centro), anunciaram os negociadores em Havana.

"Definimos o roteiro para a implementação do projeto piloto de desminagem, com o apoio da organização Ajuda Popular Noruega, ANP, acordado e anunciado em 7 de março de 2015", declararam as partes em um comunicado conjunto ao iniciar um recesso de duas semanas nas negociações de paz.

"Também estabelecemos o desenvolvimento técnico e logístico para a implementação das atividade em cada fase do projeto", acrescentaram.

O compromisso para limpar as minas terrestres implantadas em ao menos 668 dos 1.100 municípios da Colômbia durante o conflito é o primeiro que concordam as duas partes, que estão negociando a paz em Havana desde novembro de 2012.

Desde 1990 as minas terrestres deixaram 11.006 vítimas na Colômbia, entre mortos e feridos, segundo o governo.

O chefe dos negociadores do governo, Humberto de la Calle, destacou que esta decisão "é a primeira e mais importante medida conjunta para a desescalada" do conflito armado em meio século.

Apesar deste avanço, as negociações seguem paralisadas quanto à reparação às vítimas do conflito armado, um tema que será tratado no próximo ciclo de negociações, que começará em 21 de maio.

O conflito colombiano já deixou 220.000 mortos e 5,5 milhões de refugiados, segundo dados oficiais.

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