Mundo

Governo ainda quer um imposto para custear a Saúde

Ministra admitiu que o tributo pode ser aprovado em 2012, apesar do período de eleições municipais

"Não dá para fazer o debate de forma demagógica, dizendo: 'Ah, vamos resolver'. Resolver de onde, cara pálida?", afirmou Ideli, falando sobre a posição do governo sobre o imposto (José Cruz/ABr)

"Não dá para fazer o debate de forma demagógica, dizendo: 'Ah, vamos resolver'. Resolver de onde, cara pálida?", afirmou Ideli, falando sobre a posição do governo sobre o imposto (José Cruz/ABr)

DR

Da Redação

Publicado em 26 de setembro de 2011 às 09h53.

Brasília - A ministra das Relações Institucionais, Ideli Salvatti (PT), admite que o governo ainda quer a criação de um imposto para financiar investimentos em saúde e arrecadar mais R$ 45 bilhões por ano. A expectativa do Palácio do Planalto é que o tributo seja aprovado em 2012, apesar das dificuldades previstas por causa das eleições municipais.

"É uma coisa complicada, sim", disse Ideli sobre a criação de um imposto em época de eleição. "Mas todos os governadores acham, e nós concordamos, que o principal tema da eleição de 2012 será a saúde. Não dá para fazer o debate de forma demagógica, dizendo: 'Ah, vamos resolver'. Resolver de onde, cara pálida? A presidenta Dilma chamou os governadores, o Congresso e disse: 'Não façam maquiagem. Se vocês querem que a saúde tenha evolução de patamar, de atendimento, vai ter de mexer. E não serei eu, sozinha, que vou fazer isso'."

As declarações da ministras foram feitas cinco dias após a Câmara ter aprovado a Emenda 29 - que define os gastos com saúde para União, Estados e municípios. Mas Ideli reiterou que o dispositivo não resolve o problema, porque não indica de onde virão os recursos. Para ela, a comissão acertada entre os governadores e o presidente da Câmara, Marco Maia (PT-RS), poderá resgatar projetos de lei que criam base de cálculo para a nova versão da CPMF, o imposto do cheque extinto em 2007. "Nós já colocamos o dedo na ferida".

A Câmara aprovou o projeto que regulamenta a Emenda 29, mas não incluiu a base de cálculo para a criação da Contribuição Social para a Saúde (CSS). "Apesar de estar criada a contribuição, a alíquota terá, obrigatoriamente, de ser fixada por lei. A comissão que o Marco Maia formou com os governadores deixa uma porta aberta para o debate." As informações são do jornal O Estado de S. Paulo.

Acompanhe tudo sobre:CPMFGoverno DilmaIdeli SalvattiImpostosLeãoPolítica no BrasilPolíticosPolíticos brasileirosSaúdeServiçosServiços de saúdeSetor de saúde

Mais de Mundo

Donald Trump nomeia Susie Wiles como chefe de gabinete

Milei terá encontro com Trump na semana que vem nos Estados Unidos

Setores democratas atribuem derrota de Kamala à demora de Biden para desistir da disputa

Pelúcias inspiradas na cultura chinesa viralizam e conquistam o público jovem