Sabesp: ainda não foi descartada a permanência do atual presidente Gesner Oliveira no cargo (Divulgação)
Da Redação
Publicado em 28 de dezembro de 2010 às 19h53.
São Paulo - O futuro secretário estadual de Saneamento e Recursos Hídricos, deputado estadual Edson Giriboni (PV-SP), disse hoje que a eventual permanência do presidente da Companhia de Saneamento Básico do Estado de São Paulo (Sabesp), Gesner Oliveira, será uma decisão do governador eleito, Geraldo Alckmin (PSDB). "Não chegamos a discutir esse assunto com o governo, é um assunto de governo, posteriormente estaremos discutindo com o governador."
De acordo com ele, embora a diretoria da empresa seja uma questão técnica, é importante que a Sabesp se adapte às prioridades da secretaria. "A Sabesp tem suas regras próprias, é uma empresa de economia mista, tem ações na Bolsa e é uma empresa aberta que atua não só em São Paulo. Ela será uma parceira importante para nós avançarmos na política de saneamento e recursos hídricos", afirmou. "Vamos caminhar juntos o corpo diretivo é uma questão técnica, temos que respeitar isso. O importante é a Sabesp se adequar às prioridades da secretaria."
Giriboni negou que a Secretaria de Saneamento e Recursos Hídricos tenha sido uma compensação ao PV, que não ficou com a de Meio Ambiente, ocupada pelo deputado estadual Bruno Covas (PSDB). O partido tem a terceira maior bancada da Assembleia Legislativa e recebeu uma secretaria recém-criada - no governo de José Serra (PSDB), havia a Secretaria de Energia e Saneamento.
"O governador queria ter o PV junto no governo. Ficamos muito satisfeitos com a decisão do governador de incorporar as propostas do PV no governo", disse. "Saneamento também tem um grande apelo ambiental. É uma questão de montagem de governo, que não é fácil. Mas haverá um entrosamento com entre o PV e as secretarias de meio ambiente e energia."
Presidência da Assembleia
Já o futuro secretário de Meio Ambiente, Bruno Covas, negou que sua indicação para o cargo seja uma forma de apaziguar os interesses do partido na Assembleia. Deputado mais votado do Estado, com 239 mil votos, ele pretendia disputar a presidência da Casa, hoje nas mãos de Barros Munhoz (PSDB).
"Eu coloquei para a bancada a minha intenção de disputar a presidência da Assembleia e a bancada deixou para resolver isso em janeiro ou fevereiro. Nesse momento recebi o convite para a Secretaria de Meio Ambiente e eu achava que não podia recusar um convite como esse", afirmou.
"Em nenhum momento, seja com o governador eleito, Geraldo Alckmin, seja com o secretário da Casa Civil, Sidney Beraldo, a questão da Assembleia foi envolvida. Em nenhum momento foi negociado apoio a esse ou aquele candidato. A decisão agora cabe à bancada, da qual eu não faço mais parte."
A meta do futuro secretário é dar celeridade à pasta, criticada pela demora em conceder licenças ambientais. "Eu entendo que o licenciamento ambiental tem que ser ágil para que governo e iniciativa privada possam saber se pode fazer, a compensação ambiental que deve ser feita e, se não pode, por que não pode e o que deve ser mudado no projeto. A legislação já diz o que pode e que não pode. Cabe à secretaria dar o licenciamento quando deve ser dado."