Mundo

Geithner ataca posição dos republicanos sobre dívida dos EUA

Segundo o secretário do Tesouro norte-americano, partido terá de arcar com a responsabilidade por um 'dano devastador' à economia do país caso limite do endividamento não seja elevado

O Tesouro dos EUA chegou muito perto do limite legal de endividamento de US$ 14,294 trilhões nesta segunda-feir (Marcello Casal Jr./A)

O Tesouro dos EUA chegou muito perto do limite legal de endividamento de US$ 14,294 trilhões nesta segunda-feir (Marcello Casal Jr./A)

DR

Da Redação

Publicado em 17 de maio de 2011 às 21h29.

Nova York - O secretário do Tesouro dos EUA, Timothy Geithner, advertiu a bancada do Partido Republicano na Câmara de que ela terá de arcar com a responsabilidade por um "dano devastador" à economia do país, caso os republicanos insistam na aprovação de sua proposta de Orçamento antes de qualquer acordo sobre a elevação do limite legal de endividamento do governo.

"Se os republicanos tentarem impor aquele plano a este país, como condição para a elevação do limite da dívida, eles serão responsáveis pelo primeiro default de nossa história, com um dano devastador para o país", disse Geithner durante evento do Harvard Club de Nova York.

O Tesouro dos EUA chegou muito perto do limite legal de endividamento de US$ 14,294 trilhões nesta segunda-feira e o Departamento do Tesouro prevê que a capacidade do governo para tomar empréstimos se esgotará em 2 de agosto. Há negociações sobre isso em andamento entre o Partido Democrata, do presidente Barack Obama, e o Partido Republicano, e nelas os republicanos estão condicionando a aprovação do aumento do limite de endividamento à adoção de sua proposta de Orçamento, com fortes reduções nos gastos sociais e nenhuma elevação de imposto.

Geithner defendeu um limite de endividamento obrigatório que acione cortes automáticos em determinados gastos, para o caso de o Congresso não aprovar uma elevação. Isso ajudaria a reduzir o déficit do governo "gradualmente, mas dramaticamente", para menos de 3% do PIB, de cerca de 10% do PIB atualmente. "Precisamos de um teto melhor, de modo que políticos não possam decidir conviver com déficits insustentáveis por não poderem, ou não quererem chegar a um acordo sobre como gastar de acordo com os meios disponíveis", disse o secretário.

Ele também defendeu o fim dos cortes de impostos para pessoas físicas com renda anual superior a US$ 250 mil, adotados temporariamente durante o governo de George W. Bush e prorrogados durante o mandato de Obama. Geithner afirmou que cortes de gastos não serão suficientes para equilibrar o Orçamento e que será necessário elevar impostos, o que os republicanos rejeitam. As informações são da Dow Jones.

Acompanhe tudo sobre:Dívidas de paísesEconomistasEstados Unidos (EUA)Países ricosTimothy Geithner

Mais de Mundo

Disney expande lançamentos de filmes no dinâmico mercado chinês

Polícia faz detonação controlada de pacote suspeito perto da Embaixada dos EUA em Londres

Quem é Pam Bondi indicada por Trump para chefiar Departamento de Justiça após desistência de Gaetz

Na China, diminuição da população coloca em risco plano ambicioso para trem-bala