Prédio atingido por ataque aéreo israelense, na Faixa de Gaza (Thomas Coex/AFP)
Da Redação
Publicado em 18 de julho de 2014 às 09h14.
Gaza - Forças de artilharia e da Marinha de Israel bombardeiam intensamente nesta sexta-feira, desde a noite de ontem, as regiões norte e sul da Faixa de Gaza, cenário de fortes combates entre milicianos e soldados desde o início da operação terrestre no território palestino, que começou ontem às 16h (de Brasília).
As zonas mais castigadas são os bairros mais ao norte de Beit Hanoun e Beit Lahia, locais que Israel pediu que a população abandonasse há alguns dias.
Também foram atingidas localidades no sul da Faixa, como Khan Yunes e Rafah, esta última próxima da fronteira com o Egito, segundo constatou a Agência Efe.
Ainda não há um balanço oficial de vítimas, mas fontes médicas relataram que pelo menos cinco palestinos, entre eles uma criança de dois anos, morreram por causa dos bombardeios no início da operação terrestre.
Segundo Ashraf al Qedra, o porta-voz dos serviços de emergência do território palestino, três pessoas, entre elas a criança citada, morreram em um ataque na cidade de Rafah.
Outras duas pessoas morreram em um ataque contra o bairro de Beit Hanoun, no norte, acrescentou sem dar mais detalhes.
Com essas mortes, já são 257 vítimas fatais, entre elas 50 crianças e menores, desde o início da operação israelense Limite Protetor contra Gaza, que começou no dia 8 de julho.
A incursão terrestre israelense em Gaza aconteceu após seis horas do cessar-fogo humanitário a pedido da ONU, ao término do qual as milícias lançaram mais de uma centena de foguetes contra o centro e o sul de Israel.
De acordo com responsáveis militares, o objetivo da incursão é destruir a capacidade militar das milícias, em particular a estrutura bélica do Hamas, e evitar o lançamento de foguetes.
Cerca de 120 projéteis foram lançados pelas milícias palestinas contra território israelense nas últimas horas, mais de 70 deles depois do fim da trégua humanitária, mas sem causar vítimas.
Logo após o início da operação terrestre, para a qual Israel pediu a mobilização de outros 18 mil reservistas, responsáveis do Hamas afirmaram o Exército israelense vai se deparar "com uma dura resistência, cheia de surpresas" e que "pagará um alto preço" por sua decisão.
Na operação terrestre participam milhares de unidades de infantaria, tanques e outros veículos blindados, sapadores e engenheiros, estes últimos especialistas em detonações subterrâneas, um dos principais alvos da missão.
As tropas têm o apoio da Marinha de Guerra e da Aviação em uma operação que - segundo responsáveis israelenses - também conta com a participação dos serviços secretos.