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Gays argentinos pedem ao Vaticano punição a padre

Monsenhor Rubén Aguer disse que homossexuais são "abomináveis"


	Sombra de defensor dos direitos dos homossexuais é vista por trás de bandeira do orgulho gay
 (REUTERS/Gleb Garanich)

Sombra de defensor dos direitos dos homossexuais é vista por trás de bandeira do orgulho gay (REUTERS/Gleb Garanich)

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Da Redação

Publicado em 24 de junho de 2014 às 17h32.

Buenos Aires - A Federação Argentina de Lésbicas, Gays, Bissexuais e trans (Falgbt) pediu hoje, dia 24, ao Vaticano uma "sanção exemplar" para o monsenhor Rubén Aguer, por ter chamado os homossexuais de "abomináveis".

Aguer, arcebispo da cidade de La Plata, cerca de 60 quilômetros ao sul de Buenos Aires, disse, durante uma missa, que gays e lésbicas são "abominações amparadas pela lei".

"Essas sérias alegações não apenas afetam a comunidade de lésbicas, gays, bissexuais e trans, mas também são uma afronta a toda a sociedade argentina e suas instituições que, por meio das leis de Matrimonio Igualitário e Identidade de Gênero, aprovadas com ampla maioria parlamentar e enorme consenso social, decidiram estender o acesso de direitos a uma parcela significativa da população", apontou a entidade.

A Falgbt anunciou que "irá avaliar as medidas legais cabíveis" e exigiu "ao Estado do Vaticano uma sanção exemplar para sancionar o arcebispo de La Plata, que não é a primeira vez que ataca e prejudica a comunidade LGBT".

Esteban Paulón, presidente da organização, disse que "não vamos permitir que, de dentro da Igreja Católica, continuem discriminando lésbicas, gays, bissexuais e trans, ainda mais nestes termos, que nos remetem aos piores tempos de negação dos nossos direitos coletivos".

"Se realmente existe vontade de mudar o olhar da hierarquia católica para a comunidade LGBT, esta é uma oportunidade extraordinária para provar" isso, concluiu Paulón. 

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