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Gasto do consumidor alavanca PIB dos EUA no 3o tri

O Produto Interno Bruto dos EUA cresceu à taxa anual de 2 por cento

EXAME.com (EXAME.com)

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Da Redação

Publicado em 29 de outubro de 2010 às 10h39.

Washington - A economia dos Estados Unidos cresceu dentro do esperado no terceiro trimestre, mas não foi o suficiente para reduzir o elevado nível de desemprego ou mudar a percepção de que o Federal Reserve adotará mais estímulos econômicos na semana que vem.

O Produto Interno Bruto (PIB) dos EUA cresceu à taxa anual de 2 por cento, com o gasto do consumidor aumentando no maior ritmo desde 2006 e as empresas continuando a reconstruir estoques, informou o Departamento do Comércio nesta sexta-feira.

No segundo trimestre, a economia expandiu-se 1,7 por cento, e o crescimento do terceiro trimestre veio em linha com as expectativas de economistas.

"O crescimento ainda é positivo, mas um pouco decepcionante. Ele não está onde nós gostaríamos que estivesse nesse ponto da recuperação", disse Scott Brown, economista-chefe da Raymond James & Associates em St. Petersburg, Flórida.

O relatório do PIB não deve dissuadir as autoridades do Fed de anunciar, na reunião de 2 e 3 de novembro, uma segunda rodada de compras de bônus para reduzir ainda mais os juros e animar a recuperação.

Segundo padrões históricos, a economia norte-americana está tendo uma recuperação vagarosa, com desemprego de 9,6 por cento e os cidadãos cada vez mais preocupados sobre o futuro.

Consumo sólido, comércio pesa

Economistas dizem que, para reduzir o desemprego, é necessário um crescimento econômico de pelo menos 3,5 por cento, induzido por demanda doméstica sólida e exportações fortes durante vários trimestres.

A retomada do gasto do consumidor impulsionou o PIB dos EUA no último trimestre. O consumo pessoal, que representa 70 por cento da atividade econômica do país, cresceu 2,6 por cento depois de crescer 2,2 por cento no período anterior.

O aumento do terceiro trimestre foi o maior desde 2006 e adicionou 1,79 ponto percentual ao crescimento do PIB. Mas a demanda do consumidor foi mais atendida mais pelas importações do que pela produção doméstica.

O PIB também foi ajudado pelo acréscimo de 115,5 bilhões de dólares nos estoques empresariais, que adicionaram 1,44 ponto percentual ao crescimento, mas isso pode ter sido às custas do PIB do quarto trimestre.

Excluindo os estoques, a economia avançou 0,6 por cento, ante 0,9 por cento no trimestre anterior.

O índice de preços ao consumidor, excluindo alimentos e energia, subiu à taxa anual de 0,8 por cento, o menor acréscimo desde o quarto trimestre de 2008 e bem abaixo da zona de conforto do Fed para a inflação. O índice teve alta de 1 por cento no segundo trimestre.

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