Garcia:decisão sobre dívida argentina cria grave precedente
Decisão da Justiça de Nova York impactaria a economia internacional, afirmou o assessor
Da Redação
Publicado em 27 de novembro de 2012 às 22h13.
Los Cardales - O assessor especial de Assuntos Internacionais da Presidência da República, Marco Aurélio García, afirmou nesta terça-feira que a decisão da Justiça de Nova York que obriga a Argentina a pagar a fundos especulativos toda sua dívida em moratória é um precedente 'grave' para todo o mundo.
'É um precedente grave não só para a América do Sul, mas para a atividade econômica internacional porque amanhã, se Grécia ou Portugal quiserem renegociar sua dívida, será muito difícil em função deste antecedente', disse Garcia.
Em diálogo com jornalistas durante a 18ª Conferência Anual da União Industrial Argentina realizada em Los Cardales, a 60 quilômetros de Buenos Aires, o diplomata brasileiro considerou que a decisão judicial é 'uma preocupação grave que o mundo inteiro deve ter'.
'Amanhã nenhuma negociação será feita com tranquilidade porque o negociador sempre vai ficar preocupado que um juiz em Nova York ou em outra parte venha a tomar decisões', acrescentou.
A presidente argentina, Cristina Kirchner, anunciou hoje sua intenção de propor um debate sobre o 'colonialismo judicial' na próxima cúpula da União das Nações Sul-Americanas, prevista para sexta-feira em Lima, após a decisão do juiz nova-iorquino Thomas Griesa favorável a fundos especulativos contra os interesses do país sul-americano.
Griesa aceitou em sua decisão, ditada na quarta-feira passada, as reivindicações dos fundos de investimento NML e Aurelius, que exigem o pagamento do total dos bônus soberanos argentinos em seu poder, no valor total de US$ 1,3 bilhão.
Garcia destacou que 'Argentina fez uma negociação de sua dívida que foi festejada na época'.
'Um setor ficou fora, mas não é esse setor que está reivindicando agora. Quem está reivindicando são os que compraram a dívida em moratória. São os chamados abutres', opinou.
O diplomata brasileiro indicou que está 'acompanhando esta discussão' e que inclusive 'fez consultas internacionais a este respeito', embora não tenha revelado com quem. EFE
Los Cardales - O assessor especial de Assuntos Internacionais da Presidência da República, Marco Aurélio García, afirmou nesta terça-feira que a decisão da Justiça de Nova York que obriga a Argentina a pagar a fundos especulativos toda sua dívida em moratória é um precedente 'grave' para todo o mundo.
'É um precedente grave não só para a América do Sul, mas para a atividade econômica internacional porque amanhã, se Grécia ou Portugal quiserem renegociar sua dívida, será muito difícil em função deste antecedente', disse Garcia.
Em diálogo com jornalistas durante a 18ª Conferência Anual da União Industrial Argentina realizada em Los Cardales, a 60 quilômetros de Buenos Aires, o diplomata brasileiro considerou que a decisão judicial é 'uma preocupação grave que o mundo inteiro deve ter'.
'Amanhã nenhuma negociação será feita com tranquilidade porque o negociador sempre vai ficar preocupado que um juiz em Nova York ou em outra parte venha a tomar decisões', acrescentou.
A presidente argentina, Cristina Kirchner, anunciou hoje sua intenção de propor um debate sobre o 'colonialismo judicial' na próxima cúpula da União das Nações Sul-Americanas, prevista para sexta-feira em Lima, após a decisão do juiz nova-iorquino Thomas Griesa favorável a fundos especulativos contra os interesses do país sul-americano.
Griesa aceitou em sua decisão, ditada na quarta-feira passada, as reivindicações dos fundos de investimento NML e Aurelius, que exigem o pagamento do total dos bônus soberanos argentinos em seu poder, no valor total de US$ 1,3 bilhão.
Garcia destacou que 'Argentina fez uma negociação de sua dívida que foi festejada na época'.
'Um setor ficou fora, mas não é esse setor que está reivindicando agora. Quem está reivindicando são os que compraram a dívida em moratória. São os chamados abutres', opinou.
O diplomata brasileiro indicou que está 'acompanhando esta discussão' e que inclusive 'fez consultas internacionais a este respeito', embora não tenha revelado com quem. EFE