G8 vai apoiar 'primavera árabe' durante cúpula anual
Líderes das principais potências devem anunciar uma 'colaboração duradoura' com Tunísia e Egito
Da Redação
Publicado em 26 de maio de 2011 às 14h54.
Deauville, França - Os líderes do G8 vão propor uma "colaboração duradoura" aos países da "primavera árabe", em especial a Tunísia e o Egito, durante a cúpula anual do grupo, inaugurada nesta quinta-feira em Deauville, luxuoso balneário do noroeste francês blindado por um forte esquema de segurança.
"Nos reunimos com os primeiros-ministros do Egito e da Tunísia e decidimos lançar uma colaboração duradoura com estes países, que iniciam uma transição para a democracia" e para "a construção de sociedades tolerantes", afirmam os direigentes dos oito países mais ricos do mundo, que definirão sua ajuda financeira para apoiar este caminho para a democracia.
Em seu projeto de declaração, divulgado antes do início oficial da cúpula sob a presidência francesa, o G8 afirma que seu "objetivo comum" com os países que, nos primeiros meses de 2011, protagonizaram as "revoluções árabes", é "desenvolver o estado de direito e um compromisso cidadão".
Nicolas Sarkozy (França), Barack Obama (EUA), David Cameron (Grã-Bretanha), Angela Merkel (Alemanha), Dimitri Medvedev (Rússia), Silvio Berlusconi (Itália), Stephen Harper (Canadá) e Naoto Kan (Japão) farão um apelo à Tunísia e ao Egito, pedindo que "estimulem reformas econômicas e sociais para responder às aspirações da população", após os movimentos populares que apearam do poder os presidentes autoritários Zine el Abidine Ben Ali e Hosni Mubarak.
Em todo o caso, o primeiro-ministro da Tunísia, Beji Caid Essebsi, e o primeiro-ministro egípcio, Essam Charaf, convidados especiais do G8, chegarão com as contas feitas. A Tunísia estima suas necessidades em 25 bilhões de dólares para os próximos cinco anos, e o Egito, em 12 bilhões até 2012.
Sarkozy, entretanto, não quer que a reunião que inaugurou nesta quinta-feira como anfitrião se transforme em uma "cúpula de doadores".
Adiantando-se ao G8, Washington anunciou dias atrás uma ajuda de alguns bilhões de dólares, enquanto o Banco Mundial prometeu até seis bilhões a partir do momento em que as reformas políticas e econômicas começarem a rodar.
Quase três meses depois do início dos bombardeios de uma coalizão internacional na Líbia, os dirigentes do G8 instarão Muamar Kadhafi a acabar com a violência, ao mesmo tempo em que expressarão seu apoio a uma solução política, segundo o projeto de declaração.
Antes de desembarcar em Deauville, Medeved havia reiterado que os bombardeios se afastaram do mandato da ONU, que autorizava os ataques aéreos para proteger a população civil da truculência do regime líbio.
Moscou tampouco concorda que uma resolução da ONU deva condenar o regime de Damasco, que também é alvo de um movimento popular pró-democracia. Mesmo assim, o G8 lançará um apelo ao regime de Bashar Al Assad, pedindo que "cesse o uso da força e da intimidação" na brutal repressão às manifestações.
Além disso, exigirão que a Síria inicie "um diálogo e reformas fundamentais" para responder à "legítima expressão das demandas do povo sírio".
Por fim, os líderes do G8 pedirão a israelenses e palestinos que mantenham "negociações substanciais sem demora", segundo o rascunho da declaração.
"Estamos convencidos de que as mudanças históricas em toda a região tornam a solução do conflito palestino através de negociações ainda mais importante, e não menos".
Para garantir a segurança do evento, a França montou um dispositivo com mais de 12.200 agentes da polícia e da gendarmeria, que blindarão a cidade até o fim da cúpula.
Deauville, França - Os líderes do G8 vão propor uma "colaboração duradoura" aos países da "primavera árabe", em especial a Tunísia e o Egito, durante a cúpula anual do grupo, inaugurada nesta quinta-feira em Deauville, luxuoso balneário do noroeste francês blindado por um forte esquema de segurança.
"Nos reunimos com os primeiros-ministros do Egito e da Tunísia e decidimos lançar uma colaboração duradoura com estes países, que iniciam uma transição para a democracia" e para "a construção de sociedades tolerantes", afirmam os direigentes dos oito países mais ricos do mundo, que definirão sua ajuda financeira para apoiar este caminho para a democracia.
Em seu projeto de declaração, divulgado antes do início oficial da cúpula sob a presidência francesa, o G8 afirma que seu "objetivo comum" com os países que, nos primeiros meses de 2011, protagonizaram as "revoluções árabes", é "desenvolver o estado de direito e um compromisso cidadão".
Nicolas Sarkozy (França), Barack Obama (EUA), David Cameron (Grã-Bretanha), Angela Merkel (Alemanha), Dimitri Medvedev (Rússia), Silvio Berlusconi (Itália), Stephen Harper (Canadá) e Naoto Kan (Japão) farão um apelo à Tunísia e ao Egito, pedindo que "estimulem reformas econômicas e sociais para responder às aspirações da população", após os movimentos populares que apearam do poder os presidentes autoritários Zine el Abidine Ben Ali e Hosni Mubarak.
Em todo o caso, o primeiro-ministro da Tunísia, Beji Caid Essebsi, e o primeiro-ministro egípcio, Essam Charaf, convidados especiais do G8, chegarão com as contas feitas. A Tunísia estima suas necessidades em 25 bilhões de dólares para os próximos cinco anos, e o Egito, em 12 bilhões até 2012.
Sarkozy, entretanto, não quer que a reunião que inaugurou nesta quinta-feira como anfitrião se transforme em uma "cúpula de doadores".
Adiantando-se ao G8, Washington anunciou dias atrás uma ajuda de alguns bilhões de dólares, enquanto o Banco Mundial prometeu até seis bilhões a partir do momento em que as reformas políticas e econômicas começarem a rodar.
Quase três meses depois do início dos bombardeios de uma coalizão internacional na Líbia, os dirigentes do G8 instarão Muamar Kadhafi a acabar com a violência, ao mesmo tempo em que expressarão seu apoio a uma solução política, segundo o projeto de declaração.
Antes de desembarcar em Deauville, Medeved havia reiterado que os bombardeios se afastaram do mandato da ONU, que autorizava os ataques aéreos para proteger a população civil da truculência do regime líbio.
Moscou tampouco concorda que uma resolução da ONU deva condenar o regime de Damasco, que também é alvo de um movimento popular pró-democracia. Mesmo assim, o G8 lançará um apelo ao regime de Bashar Al Assad, pedindo que "cesse o uso da força e da intimidação" na brutal repressão às manifestações.
Além disso, exigirão que a Síria inicie "um diálogo e reformas fundamentais" para responder à "legítima expressão das demandas do povo sírio".
Por fim, os líderes do G8 pedirão a israelenses e palestinos que mantenham "negociações substanciais sem demora", segundo o rascunho da declaração.
"Estamos convencidos de que as mudanças históricas em toda a região tornam a solução do conflito palestino através de negociações ainda mais importante, e não menos".
Para garantir a segurança do evento, a França montou um dispositivo com mais de 12.200 agentes da polícia e da gendarmeria, que blindarão a cidade até o fim da cúpula.