G7 está disposto a ajudar países da Amazônia "o mais rápido possível"
Anfitrião do grupo, Emmanuel Macron informou que há contatos em andamento com todos os países da região para fornecer apoio técnico e financeiro
AFP
Publicado em 25 de agosto de 2019 às 11h21.
Última atualização em 25 de agosto de 2019 às 12h26.
Os países do G7, reunidos em uma cúpula no sul da França, concordaram em ajudar os países afetados pelos incêndios que assolam a Amazônia "o mais rápido possível", anunciou neste domingo (25) o presidente francês, Emmanuel Macron.
"Há uma convergência real para dizer que todos concordamos em ajudar os países afetados por esses incêndios o mais rápido possível", disse Macron, anfitrião da cúpula de países industrializados na cidade de Biarritz.
Diante dos pedidos de ajuda, lançados em particular pela Colômbia, "nós devemos estar presentes", disse Macron, que criticou duramente na sexta-feira a "inação" do presidente brasileiro Jair Bolsonaro no combate a este desastre ambiental.
As imagens da floresta amazônica em chamas provocaram uma comoção global e impulsionaram o assunto na agenda das discussões do G7, apesar da relutância inicial do Brasil por não estar presente na cúpula de Biarritz.
Emmanuel Macron informou neste domingo contatos em andamento "com todos os países da Amazônia (...) para que possamos finalizar compromissos muito concretos de recursos técnicos e financeiros".
"Estamos trabalhando em um mecanismo de mobilização internacional para ajudar esses países com mais eficiência", disse o chefe de Estado.
Quanto à questão de longo prazo do reflorestamento na Amazônia, "várias sensibilidades foram expressas em torno da mesa", acrescentou Macron, enfatizando o compromisso dos países com a soberania nacional.
"Mas o desafio da Amazônia para estes países e para a comunidade internacional é tal - em termos de biodiversidade, oxigênio, luta contra as mudanças climáticas - que nós precisamos fazer esse reflorestamento", suplicou o presidente francês.
Esta crise ambiental ganhou tamanha proporção que ameaça o acordo comercial entra a União Europeia (UE) e o Mercosul (Brasil, Argentina, Uruguai e Paraguai) assinado no final de junho, após 20 anos de negociações.
Acusando Jair Bolsonaro de ter "mentido" sobre seus compromissos com o meio ambiente, Paris anunciou que, nessas condições, se opõe ao tratado.
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