G7 busca formas de reconhecer certificados de vacinação globais
O grupo pretende apoiar a criação de um marco global para o reconhecimento de documentos que comprovem a imunização
Bloomberg
Publicado em 20 de maio de 2021 às 10h28.
Em junho, o G7 planeja discutir maneiras de reconhecer certificados de vacinação contra a covid-19 internacionalmente, de acordo com uma pessoa a par do assunto.
- Entenda como o avanço da vacinação afeta seus investimentos. Conheça as análises da EXAME Invest Pro
O grupo das sete maiores economias pretende apoiar a criação de um marco global para o reconhecimento mútuo de documentos que comprovem a imunização, disse a pessoa, que pediu para não ser identificada. Tal endosso, se levar à criação de medidas concretas, facilitaria a retomada das viagens globais à medida que mais pessoas fossem vacinadas contra o coronavírus. O certificado seria especialmente bem-vindo pelos setores de aviação e turismo, entre os mais atingidos pela pandemia.
A União Europeia anunciou nesta semana que em breve permitirá viagens sem quarentena para o bloco para visitantes vacinados. A mudança não foi seguida por outros membros do G7, pois os Estados Unidos ainda não flexibilizaram as regras para visitantes europeus. O Reino Unido exige quarentena para viajantes da maior parte da UE e desaconselha viagens para vários países. A UE também está nos estágios finais de aprovação de um marco para os estados membros e seus certificados de vacinação.
Como parte de uma declaração que ministros da Saúde do G7 adotarão quando se reunirem em Oxford no início de junho, o grupo deve estabelecer a necessidade de colaboração multilateral em uma solução interoperável baseada em padrões que pode ser usada internacionalmente para comprovar a vacinação.
Os ministros da Saúde do G7 poderiam recomendar modelos dentro dos processos da Organização Mundial da Saúde “para desenvolver padrões internacionais e práticas recomendadas para a criação, uso e reconhecimento mútuo” de certificados para vacinas “seguras, eficazes e rigorosamente revisadas”, segundo minuta da declaração. Qualquer marco deve permitir formatos digitais e em papel.
A declaração ainda é preliminar, e os países ainda divergem sobre o peso de endosso dos planos. As negociações estão em andamento e o comunicado pode ser alterado antes da reunião dos ministros entre 3 e 4 de junho.
O governo do Reino Unido, que é o anfitrião da reunião do G7 neste ano, não respondeu de imediato a um pedido de comentário.
Os ministros também planejam chegar a um acordo sobre outras áreas, como em segurança da saúde global, ao estabelecer mecanismos para melhor preparar, financiar e cooperar em pandemias, inclusive por meio da criação de um centro de compartilhamento de informações. O grupo busca uma abordagem uniforme, que também incorpora mudança climática, conservação e uso sustentável da biodiversidade como pontos centrais da linha de ação.
Em relação à resistência antimicrobiana, querem garantir que os medicamentos e tratamentos atuais não se tornem ineficazes. Vários membros do grupo apoiam um esforço para criar um conjunto de princípios e padrões internacionais para a indústria e governos.
Os ministros do G7 também devem reafirmar o compromisso com uma série de tópicos que foram deixados de lado durante a presidência de Donald Trump, como a obtenção da cobertura universal de assistência médica, saúde sexual e reprodutiva e direitos de todas as pessoas.
O podcast EXAME Política vai ao ar todas as terças-feiras.Clique aqui para seguir no Spotify, ou ouça em sua plataforma de áudio preferida, e não deixe de acompanhar os próximos programas.