A ministra das Relações Exteriores da Suíça, Micheline Calmy-Rey, durante festividades no país (.)
Da Redação
Publicado em 8 de junho de 2010 às 11h59.
Paris - Suíça se impôs hoje como exemplo na luta para devolver bens e fundos depredados por ditadores e outros dirigentes corruptos em uma conferência co-patrocinada pelo o Banco Mundial (BM) e uma agência da ONU para pedir ao Grupo dos Vinte (G20, que reúne os países ricos e os principais emergentes) que atuem de maneira firme.
"Somos um país líder" no combate aos recursos conquistados pela corrupção, suborno e o desvio, destacou à imprensa a ministra de Exteriores suíça, Micheline Calmy-Rey, na abertura da conferência organizada com vistas à cúpula de G20 de Toronto neste mês.
Calmy-Rey insistiu que "não querem esse dinheiro" na praça suíça. O objetivo é "devolvê-lo aos países vítimas" da corrupção, e lembrou a "grande experiência de seu país", que restituiu US$ 1,7 bilhão nos últimos anos.
A diretora-executiva do BM, Ngozi Okonjo-Iweala, como anfitriã da reunião de dois dias realizada em Paris, pediu ao G20 que incorpore em sua agenda para cúpula do Canadá a questão de impedir a lavagem de dinheiro da corrupção.
Por ano, a estimativa é que haja um desvio entre US$ 20 bilhões e US$ 40 bilhões nos países em desenvolvimento mediante suborno, desvio e outras práticas ilícitas, mas que nos últimos 16 anos só conseguiram restituir US$ 5 bilhões.
No ano passado, a Suíça tinha se mostrado reticente aos trabalhos da Organização para a Cooperação e o Desenvolvimento Econômico (OCDE) sobre a identificação de paraísos fiscais para preparar um dispositivo contra eles no G20.