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G20 será cobrado para estimular queda no preço dos alimentos

Em nome de dez organismos internacionais, a OCDE e a FAO pedem para que os líderes do grupo estimulem os setores agrícola e agropecuário

Os órgãos também sugerem a definição de mecanismos que melhorem a informação e transparência nos países emergentes (Cristiano Mariz/Exame)

Os órgãos também sugerem a definição de mecanismos que melhorem a informação e transparência nos países emergentes (Cristiano Mariz/Exame)

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Da Redação

Publicado em 17 de junho de 2011 às 09h36.

Brasília – Em nome de dez entidades internacionais, a Organização para a Cooperação e Desenvolvimento Econômico (OCDE) e a Organização das Nações Unidas para a Agricultura e Alimentação (FAO), apelaram hoje (17) para que os líderes do G20 (grupo que reúne os países mais ricos do mundo) discutam alternativas para amenizar a questão da alta dos preços dos alimentos no mundo, a partir do estímulo para os setores agrícola e agropecuário.

No relatório Perspectivas para a Agricultura 2011-2020, divulgado hoje, as entidades sugerem que os integrantes do G20 adotem medidas para impulsionar a produtividade agrícola principalmente nos países em desenvolvimento. A FAO e a OCDE, assim como as demais organizações, sugerem ainda a definição de mecanismos que melhorem a informação e transparência, para a população, sobre a produção agrícola, consumo, estoques e do comércio.

Nas análises dos especialistas há informações sobre a tendência de crescimento da produção agrícola global, de forma lenta e gradual, na próxima década. De acordo com eles, há uma propensão de aumento de 1,7% ao ano, em comparação com a taxa de crescimento de 2,6%, nos últimos dez anos. A projeção atual é de crescimento da produção per capita de 0,7% por ano.

No relatório, os especialistas afirmam que o consumo de alimentos por pessoa deve aumentar no mundo, mas principalmente na América Latina, Europa Oriental e Ásia. Nessas regiões, a tendência é aumentar o consumo principalmente de carne, laticínios, óleos vegetais e açúcar.

Também há uma tendência de aumento de consumo e produção no setor das pesca, segundo os especialistas, podendo aumentar 1,3%, ao ano, até 2020. Pela projeção, o crescimento será mais lento do que o da última década, pois houve redução na pesca mundial e nas taxas de crescimento – das populações de peixes no mundo.

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