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G-7 alerta China sobre urgência de mudança cambial

Com o apoio da França, Alemanha e Canadá, os Estados Unidos pressionam o governo chinês sob o argumento que a mudança cambial permitirá o crescimento global equilibrado e ajudará a reduzir o déficit americano

EXAME.com (EXAME.com)

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Da Redação

Publicado em 12 de outubro de 2010 às 18h39.

O G-7, grupo dos sete países mais ricos do mundo, alertou o governo chinês, neste final de semana, da necessidade de o país mudar para um regime cambial mais flexível. De acordo com o jornal britânico Financial Times, os ministros das finanças do G-7 afirmaram que a mudança precisa ser imediata. Em comunicado, o grupo afirma que a demanda permitirá o crescimento global mais equilibrado.

John Snow, secretário do Tesouro americano, diz que a mudança permitirá a redução do déficit americano e uma expansão mais acelerada das economias do Japão e da Europa. Snow afirmou que a China já teve tempo suficiente para preparar o sistema financeiro e mais de dois anos de parceria com os Estados Unidos e os outros países do G-7 para implantar a reforma cambial. "Com esse trabalho, a China já está pronta para adotar um taxa de câmbio mais flexível", afirma Snow.

Para o G-7, o alerta ao governo chinês não é uma "ameaça mas um reconhecimento de que a flexibilização do câmbio na China tornou-se um assunto urgente". A mudança é vista como necessária para encorajar outros países asiáticos em desenvolvimento a permitir a alta das suas moedas em relação ao dólar.

O discurso mais forte dos Estados Unidos teve o apoio dos ministros das finanças da Alemanha, da França e do Canadá e tem uma justificativa. A iniciativa privada e o Congresso americano vêm pressionando o governo Bush em razão dos déficits fiscal e comercial. Há uma preocupação que a diplomacia do Tesouro americano, até então bastante gentil, pode ter sinalizado ao governo chinês que a mudança cambial não seria urgente.

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