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Furacão Florence se aproxima, e Trump tenta apagar má impressão

Tempestade pode ser mais uma prova de fogo para o governo do presidente dos EUA

MORADORES SE PREPARAM NA CAROLINA DO NORTE: reação a furacão que devastou Porto Rico ainda é mancha na imagem do presidente  / REUTERS/Chris Keane

MORADORES SE PREPARAM NA CAROLINA DO NORTE: reação a furacão que devastou Porto Rico ainda é mancha na imagem do presidente / REUTERS/Chris Keane

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Da Redação

Publicado em 13 de setembro de 2018 às 05h52.

Última atualização em 13 de setembro de 2018 às 09h49.

Os Estados Unidos estão se preparando para o furacão mais devastador das últimas seis décadas. Na madrugada de quinta-feira para sexta-feira, a tempestade Florence, que já alcança a velocidade de 215 quilômetros por hora, atingirá a costa Cape Fear, no estado da Carolina do Norte com categoria 3 (a categoria máxima é 5).

A algumas centenas de quilômetros de distância da costa americana, o furacão pode ser mais uma prova de fogo para o governo do presidente Donald Trump. Embora a devastação seja consequência inevitável, os governos estaduais e federal já estão preparados. Na terça-feira, os estados de Carolina do Norte, Carolina do Sul, Virgínia, Maryland e o Distrito de Colúmbia, onde fica a capital do país, Washington, declararam estado de emergência.

O Exército e a Marinha americana já se colocaram à disposição dos estados, posicionando aviões e navios de regate próximos à região que será afetada pelo furacão.

Um plano de evacuação em massa foi acionado, e mais de 1 milhão de pessoas foram ordenados a se retirar do litoral dos três estados. As pistas de rodovias foram mudadas para um sentido único, para facilitar a partida dos veículos, mas mesmo assim o tráfego é intenso.

A produtora de medicamentos Pfizer suspendeu as operações no estado da Carolina do Norte. Segundo a companhia, devido ao risco de desmoronamento e inundações, as fábricas ficarão fechadas. Mas afirmou que vai garantir que não faltem medicamentos para os hospitais da região.

Em reunião na Casa Branca com autoridades, o presidente Donald Trump afirmou que “o governo federal não poupará gastos” para reagir a possíveis danos causados ​​pelo furacão. Na terça, tinha anunciado uma visita ao Cabo Girardeau, mas desistiu da visita, com medo de ser atingido pela tempestade. Sua viagem fazia parte de uma estratégia de fortalecer a presença republicana na região, uma vez que o país terá eleições legislativas em novembro, e o governo republicano teme perder espaço para os democratas no Senado.

Ontem, Trump respondeu às críticas feitas ao seu plano de reação ao furacão Maria, do ano passado. Em seu Twitter, afirmou que o governo americano obteve “as notas máximas” pelo trabalho recente nos furacões recentes. “Fizemos um excelente trabalho que foi muito pouco reconhecido em Porto Rico, embora fosse uma ilha inacessível com eletricidade muito precária e uma prefeita totalmente incompetente em San Juan”, escreveu o presidente americano.

O furacão, que assolou o país porto-riquenho, deixou mais de 3.000 mortos, e a região sem energia elétrica e água durante semanas. Mas, para Trump, a resposta ao furacão Maria tinha sido um “sucesso”. O governador de Porto Rico, Ricardo Rosselló, questionou as declarações de Trump e o tratamento dado à ilha. O novo furacão é uma oportunidade para o presidente mostrar que seu governo está preparado para esse tipo de emergência.

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