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Furacão Dorian faz Disney fechar parques mais cedo na Flórida

Quatro parques temáticos do grupo encerrarão as atividades a partir das 15h nesta terça-feira, 3

PARQUE DA DISNEY: hóspedes que estão acampados serão transferidos para outros hotéis da Disney World (Roberto Machado Noa/Getty Images)
EC

Estadão Conteúdo

Publicado em 2 de setembro de 2019 às 21h20.

Última atualização em 2 de setembro de 2019 às 21h21.

Funcionários do Walt Disney World informaram nesta segunda-feira 2, que seus quatro parques temáticos encerrarão as atividades nesta terça-feira, 3, a partir das 15h (local, 14h em Brasília) em razão da chegada do furacão Dorian à Flórida. Eles informaram ainda que devem fechar o parque aquático, seus campos de golfe em miniatura e seus restaurantes e lojas da Disney Springs no mesmo horário.

Sua área de acampamento fechará no mesmo horário e ficará sem operar até que o furacão deixe a costa da Flórida. Os hóspedes que estão acampados serão transferidos para outros hotéis da Disney World.

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Centenas de voos foram cancelados

Também em razão da chegada do furacão Doria, centenas de voos foram cancelados nos EUA. De acordo com o site FlightAware, mais de 1.200 voos foram cancelados em 5 aeroportos da Flórida, 1 da Carolina do Norte, além do de Atlanta, na Geórgia.

A Azul e a Gol anunciaram o cancelamento de 12 voos que sairiam de Brasília e Fortaleza para Miami e Orlando. A Latam optou por adiantar alguns voos e anunciou que flexibilizará as regras de remarcação aos passageiros que tenham voos programados até o dia 4.

Os cancelamentos e fechamentos de parques ocorrem em pleno feriado do Dia do Trabalho nos EUA, período normalmente de alta demanda no país.

Ao menos 5 mortos

O furacão Dorian, o segundo mais forte já registrado no Atlântico, devastou as Bahamas no fim de semana, revirando carros, interrompendo o fornecimento de energia, causando grandes enchentes e deixando pelo menos 5 mortos e 20 feridos. Hoje, ele se dirigia para a costa americana, onde deve chegar como furacão de categoria 4, com ventos de até 250 km/h.

A previsão é que o olho da tempestade chegue aos EUA ao longo do dia de amanhã. Segundo o Centro Nacional de Furacões (NHC, na sigla em inglês), a expectativa é a de que a tempestade faça uma curva para o norte, após se aproximar do litoral. Ainda não está claro, porém, se Dorian seguirá seu trajeto para o norte seguindo a costa americana.

Mais de um milhão de pessoas foram retiradas de suas casas nos Estados da Flórida, Carolina do Sul e Geórgia. Autoridades estão enviando alertas de furacão desde a tarde de domingo para a costa da Flórida, próximo à cidade de Titusville, e alertas de ressaca para outras cidades do leste do Estado.

O governador da Flórida, Ron DeSantis, ordenou a retirada de cerca de 14 mil pessoas da região de St. Augustine. Postos de gasolina foram fechados e as prateleiras de lojas de conveniência ficaram vazias. As autoridades do Estado afirmaram que dariam novas diretrizes assim que a rota da tempestade ficasse mais clara.

Na vizinha Geórgia, o governador Brian Kemp ordenou a retirada da população de seis distritos costeiros, incluindo os 160 mil moradores de Savannah. O governador da Carolina do Sul, Henry McMaster, também determinou a saída obrigatória dos habitantes de oito distritos costeiros a partir do meio-dia de hoje, incluindo Charleston, cidade mais populosa do Estado. Mais de 830 mil pessoas foram afetadas pela ordem.

As companhias de energia elétrica da região mobilizaram hoje 17 mil funcionários para trabalhar em caso de apagões e atuar em emergências, de acordo com o jornal USA Today. Mais de 4 mil integrantes da Guarda Nacional foram convocados para as tarefas de socorro na Flórida.

Mais de 13 mil casas destruídas

No fim de semana, como tempestade de categoria 5, o Dorian levou devastação às ilhas de Great Abaco e Grand Bahama, no noroeste das Bahamas, destruindo ou danificando mais de 13 mil casas, segundo a Cruz Vermelha. Durante a noite, os ventos atingiram 320 km/h, os mais fortes já registrados na região. Segundo o NHC as ondas causadas pela tempestade foram maiores que muitos prédios da área.

"Estamos enfrentando um furacão como nunca vimos antes na história das Bahamas", disse Hubert Minnis, primeiro-ministro do país, que chegou a chorar durante a entrevista coletiva. "Provavelmente, é o dia mais triste da minha vida."

Imagens publicadas nas redes sociais mostram um enorme rastro de destruição causado pelo Dorian nas Bahamas. Especialistas relataram ondas de 5 a 7 metros de altura. Um vídeo postado no site do jornal Tribune 242 mostrou a água na altura dos telhados de casas de madeira, com barcos quebrados flutuando em uma água escura, cheia de tábuas, galhos, troncos de árvores e escombros.

Meteorologistas disseram hoje que o furacão praticamente estacionou sobre as Bahamas, movendo-.se a cerca de 1,5 km/h, o que aumentou ainda mais seu poder de destruição. A intensidade do Dorian já teria se equiparado ao furacão do Dia do Trabalho, de 1935, até hoje o mais forte já registrado a tocar a terra na costa do Atlântico.

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