Crise na Síria: líder curdo, que esteve preso por três anos, foi assassinado (Marwan Naamani/AFP)
Da Redação
Publicado em 8 de outubro de 2011 às 11h02.
São Paulo - Mais de 50.000 pessoas assistiram neste sábado ao funeral do opositor e líder curdo Mechaal Tamo, assassinado na véspera em Qamichli, nordeste da Síria, informou o Observatório Sírio dos Direitos Humanos (OSDH).
"O funeral de Mechaal Tamo se transformou em uma manifestação de 50.000 pessoas que exigiam a queda do regime" do presidente Bashar al-Assad, indicou o OSDH em um comunicado.
Mechaal Tamo, de 53 anos, membro do Conselho Nacional Sírio (CNS), principal coalizão opositora, foi assassinado na sexta-feira por homens armados em sua casa de Qamichli, segundo militantes.
"Quatro homens armados, com o rostos cobertos entraram em sua casa e atiraram nele, em seu filho Marcel e em uma colega", indicou o OSDH, informando que as outras duas pessoas ficaram feridas.
A agência oficial síria Sana afirmou que o líder curdo foi assassinado por "homens armados em um carro preto, que atiraram contra o veículo" de Tamo.
Fundador da Corrente do Futuro, partido curdo liberal, Tamo foi libertado recentemente depois de ter ficado na prisão durante três anos e meio. Ele rejeitou as propostas de diálogo apresentadas pelas autoridades aos partidos curdos.
Quando sua morte foi anunciada, milhares de curdos saíram às ruas na tarde de sexta.