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Funcionário do Crescente Vermelho é morto a tiros na Síria

Governo sírio disse que o secretário-geral da organização foi morto por terroristas, mas oposição acusa o governo de Bashar al-Assad

Refugiados sírios aguardam atendimento médico do Crescente Vermelho: funcionário foi morto a tiros (Mustafa Ozer/AFP)

Refugiados sírios aguardam atendimento médico do Crescente Vermelho: funcionário foi morto a tiros (Mustafa Ozer/AFP)

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Da Redação

Publicado em 25 de janeiro de 2012 às 15h44.

Cairo - O secretário-geral do Crescente Vermelho na Síria, Abdulrazak Jbero, morreu nesta quarta-feira após ser baleado por desconhecidos quando viajava de Damasco à cidade de Idlib (norte), informou à Agência Efe o porta-voz da Cruz Vermelha no país, Saleh Dabakeh.

A morte de Jbero também foi confirmada em Genebra por meio de um comunicado divulgado pelo Comitê Internacional da Cruz Vermelha.

'Até agora desconhecemos as circunstâncias do fato, mas peço a todas as partes que estão recorrendo à violência que cessem suas ações contra os voluntários das organizações humanitárias', indicou Dabakeh.

O porta-voz da Cruz Vermelha na Síria afirmou que 'não é a primeira vez' que membros da organização sofrem ataques desde o início da revolta contra o regime do presidente sírio, Bashar Al Assad, em março do ano passado.

Jbero, médico e diretor da seção do Crescente Vermelho em Idlib, trabalhou nesta entidade como voluntário durante mais de 20 anos, segundo explicou Dabakeh.

Quanto à autoria do ataque, a agência oficial de notícias síria 'Sana' atribuiu a 'grupos terroristas', enquanto o grupo opositor Comitês da Coordenação Local (CCL) vinculou os disparos às forças de segurança.

Em comunicado, os CCL informaram ainda da morte de dez pessoas, entre elas duas mulheres e dois menores de idade, em ações de repressão das forças leais a Assad.

Quatro dessas pessoas morreram na província oriental de Rif Damasco, três em Hama, duas em Homs e uma em Idlib.

Esta nova jornada de violência acontece no dia seguinte ao anúncio da Liga Árabe de que solicitou apoio das Nações Unidas a seu plano paro o fim da violência na Síria, que estipula a saída de Assad do poder.

Esta iniciativa foi rejeitada por Damasco, que a considera uma ingerência em seus assuntos internos e uma tentativa de internacionalizar a crise.

Apesar destas desavenças, o regime sírio aprovou na terça a continuação da missão de observadores árabes na Síria, que, no entanto, não conseguiu a cessação da violência no país.

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