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Fujimori melhora e é transferido para ala de casos de risco médio

Fujimori pediu hoje "perdão por ter frustrado" uma parte de seus compatriotas durante seu período no poder (1990-2000) e agradeceu o indulto

Fujimori: o ex-presidente recebeu indulto humanitário no domingo do atual presidente do Peru (Enrique Castro-Mendivil/Reuters)

Fujimori: o ex-presidente recebeu indulto humanitário no domingo do atual presidente do Peru (Enrique Castro-Mendivil/Reuters)

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EFE

Publicado em 26 de dezembro de 2017 às 14h09.

Lima - O ex-presidente peruano Alberto Fujimori deixou nesta terça-feira a unidade de terapia intensiva e foi transferido para a ala de casos de risco médio no hospital onde está internado em Lima desde a última sexta-feira, informou o médico pessoal do ex-governante, Alejandro Aguinaga.

De acordo com Aguinaga, Fujimori, que recebeu indulto humanitário no domingo do atual presidente do Peru, Pedro Pablo Kuczynski, apresentou hoje "um quadro mais favorável" e, por esse motivo, passou para outra ala.

"Felizmente as tomografias descartaram que ele pudesse ter alguma pequena embolia cerebral", explicou.

Aguinaga, que também foi congressista pró-Fujimori, afirmou que vê o estado de saúde do ex-presidente "melhor" e que concorda com a alegação de Kuczynski para o indulto, a de busca por uma "reconciliação no país".

Fujimori pediu hoje "perdão por ter frustrado" uma parte de seus compatriotas durante seu período no poder (1990-2000) e agradeceu o indulto.

"Sou consciente de que os resultados durante o meu governo foram bem recebidos por um lado, mas reconheço, por outro, que defraudei também outros compatriotas. A eles peço perdão de todo coração", disse o ex-presidente em mensagem gravada em vídeo no hospital.

Fujimori foi condenado em 2009 como autor mediato (utiliza outra pessoa para cometer o crime) do assassinato de 25 pessoas nos massacres de Barrios Altos (1991) e La Cantuta (1992), cometidos a cargo de um "esquadrão da morte" e pelo sequestro de um jornalista e um empresário em 1992.

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