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Fujimori insiste que houve "fraude" nas eleições no Peru

Contagem dos votos avança lentamente em sua reta final e é liderada pelo candidato esquerdista Pedro Castillo

Candidata presidencial de direita peruana pelo partido Fuerza Popular, Keiko Fujimori, fala durante uma entrevista coletiva com a imprensa estrangeira (AFP/AFP)

Candidata presidencial de direita peruana pelo partido Fuerza Popular, Keiko Fujimori, fala durante uma entrevista coletiva com a imprensa estrangeira (AFP/AFP)

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AFP

Publicado em 12 de junho de 2021 às 15h31.

A candidata de direita Keiko Fujimori insistiu neste sábado(12) que houve "fraude" na eleição presidencial do Peru realizada no domingo, enquanto a contagem avança lentamente em sua reta final, e é liderada pelo esquerdista Pedro Castillo por cerca de 51.000 votos. 

"Há fraude na mesa, manipulação na mesa", "há acontecimentos gravíssimos nesta última etapa" da contagem de votos, disse Fujimori em reunião com a imprensa estrangeira, enquanto suas chances de ganhar a votação parecem cada vez mais reduzidas.

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“Vou reconhecer os resultados, mas temos que esperar o fim”, prometeu, insistindo que irregularidades teriam favorecido seu adversário, professor de uma escola rural de Cajamarca (norte).

"Não há vencedores ou perdedores [ainda] aqui", disse Fujimori, que garantiu que a "esquerda internacional está intervindo" nas eleições no Peru, se referindo aos cumprimentos que Castillo recebeu de importantes líderes latino-americanos, incluindo o presidente argentino, Alberto Fernández, e o ex-presidente brasileiro Luiz Inácio Lula da Silva.

“Vimos a saudação do presidente Fernández”, lamentou a candidata de 46 anos, que disputa sua terceira eleição.

“Se vencermos, espero que eles [os de Castillo] se aproximem”, acrescentou a filha do ex-presidente preso Alberto Fujimori (1990-2000). "Vamos construir pontes assim que o resultado acabar."

A candidata criticou ainda o Júri Eleitoral Nacional (JNE), que fiscaliza a transparência do processo e proclama o vencedor, por não permitir a contestação dos votos apresentada fora do prazo.

O JNE concordou em estender o prazo por dois dias na sexta-feira, mas depois recuou.

Fujimori prometeu indulto a seu pai, que cumpre pena de 25 anos de prisão por crimes contra a humanidade, mas esclareceu que ele não seria membro de seu eventual governo.

"Meu pai não será funcionário se vencermos", disse ela.

Fujimori também criticou o presidente em final de mandato, o centrista Francisco Sagasti, que na quinta-feira ligou para várias pessoas de ambos os lados para acalmar a situação, incluindo o Prêmio Nobel peruano Mario Vargas Llosa.

“Ficou demonstrado que o presidente Sagasti está interferindo”, disse a candidata.

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