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Frente al Nusra tem combatentes prontos para lutar no Líbano

Liderança da Frente al Nusra afirmou que têm milhares de combatentes prontos para lutar dentro do Líbano


	Combatente do Frente Al-Nusra: dirigente apelou aos sunitas para que lutem contra Hezbollah
 (Guillaume Briquet/AFP)

Combatente do Frente Al-Nusra: dirigente apelou aos sunitas para que lutem contra Hezbollah (Guillaume Briquet/AFP)

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Da Redação

Publicado em 25 de julho de 2014 às 20h24.

Beirute - O "emir" da Frente al Nusra na região síria de Al Qalamoun, Abi Malek al Shami, afirmou que têm milhares de combatentes prontos para lutar dentro do Líbano, sobretudo em regiões de maioria xiita.

Em uma gravação de áudio divulgada nesta quinta-feira, Shami assegurou que "a batalha da Frente al Nusra contra o Hezbollah já não se limita às fronteiras e às montanhas", porque o braço da Al Qaeda na Síria foi capaz de penetrar nas "linhas de segurança" das regiões libanesas.

O grupo xiita Hezbollah enviou milhares de combatentes à Síria, que lutam junto às forças do regime do presidente Bashar al-Assad.

Precisamente, uma das regiões sírias onde há mais presença dos milicianos do Hezbollah é Al Qalamoun (na fronteira com o Líbano), de onde os seguidores de Assad expulsaram a maioria dos rebeldes durante uma ofensiva este ano que durou meses.

Dirigindo-se às famílias de Al Qalamoun e a todos os muçulmanos, Shami disse: "Não descansaremos até nos vingarmos destes criminosos", em referência ao Hezbollah.

O dirigente da Frente al Nusra fez um apelo aos sunitas para que lutem contra o Hezbollah, ao qual acusou de crimes contra os fiéis desse credo na Síria e do deslocamento de civis, tanto neste país como no território libanês.

Também encorajou os "cativos muçulmanos, especialmente os irmãos mujahedins (guerreiros santos)" na prisão de Roumieh, a maior do Líbano, e lhes comunicou que "é apenas questão de dias para as coisas se resolverem".

Ontem, a Polícia libanesa anunciou que tinha estabelecido medidas de segurança excepcionais ao redor dessa prisão, entre informações de um eventual ataque e de planos de atentados.

Desde a explosão do conflito na Síria, em março de 2011, os atentados, sequestros, confrontos armados e outros atos violentos aumentaram no Líbano, dividido entre partidários e opositores de Assad.

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