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Francesas poderão adotar filhos de reprodução assistida

Casais de lésbicas poderão ser reconhecidas como mães adotivas de filho gerado por reprodução assistida, segundo justiça francesa


	Casal de lésbicas de mãos dadas: reprodução assistida não é autorizada no país
 (David Silverman/Getty Images/Getty Images)

Casal de lésbicas de mãos dadas: reprodução assistida não é autorizada no país (David Silverman/Getty Images/Getty Images)

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Da Redação

Publicado em 23 de setembro de 2014 às 14h40.

Paris - A Corte Suprema da França opinou nesta terça-feira que os casais de lésbicas em que uma delas tenha tido um filho por reprodução assistida no exterior - procedimento não autorizado no país - ambas poderão ser reconhecidas como mães mediante um processo de adoção.

Em seu veredicto, a Corte Suprema assinalou que a inseminação artificial com um doador anônimo no exterior "não é obstáculo para que se pronuncie para a esposa a adoção do filho nascido desta reprodução".

A legislação francesa não autoriza aos casais do mesmo sexo o recurso a essas práticas, ao contrário do que ocorre para os heterossexuais.

Isso levou várias centenas de mulheres a comparecer a centros no exterior e a tentar depois que os filhos fossem adotados por suas companheiras na França.

A ministra da Justiça, Christiane Taubira, comemorou o pronunciamento dos juízes do Supremo.

Em sua opinião, isso "porá fim a vários meses de insegurança jurídica para as famílias homoafetivas".

Ela se mostrou convencida, em comunicado, que isso favorecerá "uma harmonização da jurisprudência".

A esse respeito, lembrou que até agora os tribunais tinham negado o sinal verde a esse tipo de adoções em nove ocasiões, enquanto outros 281 tinham recebido uma sentença favorável.

A ministra concluiu que com o veredicto do Supremo, "a adoção está claramente aberta, em todas suas formas, a todos os casais" em virtude da lei de maio de 2013 sobre o casamento homossexual.

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