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França se opõe a quotas para imigrantes na União Europeia

"O número de beneficiários não pode ser baseado em quotas: ou se é um requerente de asilo ou não é", disse o primeiro-ministro francês


	O premier da França, Manuel Valls: "O número de beneficiários não pode ser baseado em quotas: ou se é um requerente de asilo ou não é"
 (Stephane de Sakutin/AFP)

O premier da França, Manuel Valls: "O número de beneficiários não pode ser baseado em quotas: ou se é um requerente de asilo ou não é" (Stephane de Sakutin/AFP)

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Da Redação

Publicado em 16 de maio de 2015 às 15h47.

A França se opôs neste sábado à criação de "quotas" para dividir os imigrantes e refugiados entre os países da UE, proposta nesta semana pela Comissão Europeia, e que já despertou a rejeição de muitos membros do bloco.

"Queremos ser particularmente claros sobre este ponto. Sou contra a introdução de quotas para imigrantes. Isso jamais correspondeu às propostas francesas", declarou o primeiro-ministro francês, Manuel Valls.

O chefe de governo visitava a fronteira franco-italiana, onde mais de mil imigrantes foram detidos nos últimos dias.

O plano de ação para a imigração e asilo apresentado na quarta-feira por Bruxelas prevê quotas obrigatórias para a repartição equitativa dos refugiados e, em uma crise, uma transferência de requerentes de asilo entre os Estados da União Europeia.

"O asilo é um direito, atribuído segundo critérios internacionais aplicados por todos os países da UE. Por isso o número de beneficiários não pode ser baseado em quotas: ou se é um requerente de asilo ou não se é", disse Valls.

"Atualmente, França, Itália, Alemanha, Reino Unido e Suécia acolhem 75% dos refugiados e requerentes de asilo na Europa", lembrou o primeiro-ministro francês, apelando para uma distribuição mais "equitativa".

A imigração é uma questão sensível na França. A extrema-direita multiplica há um ano seus êxitos eleitorais com um virulento discurso eurofóbico e anti-imigrante, e a oposição de direita, liderada pelo ex-presidente Nicolas Sarkozy, exige com frequência a revisão dos acordos de Schengen sobre a livre circulação no seio da UE.

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