França proíbe supermercados de jogarem comida no lixo
Em vez de jogarem comida no lixo, os supermercados franceses vão doar os alimentos
Da Redação
Publicado em 15 de março de 2016 às 18h36.
São Paulo - A fome é um dos principais problemas da humanidade. Mas há muito tempo que o mito de 'não há comida para todos' foi quebrado. O que existe é uma má distribuição e a desigualdade de oportunidades e de acesso a uma alimentação digna.
Diante disso, o desperdício é um grande vilão. ONGs e ativistas lutam fortemente para mudar essa situação. E eles tiveram uma notícia positiva neste mês.
A França é o primeiro país a aprovar a lei que proíbe os supermercados de jogarem alimentos não vendidos no lixo.
Em vez disso, os estabelecimentos são obrigados a doá-los a alguma ONG ou banco de alimentos. Os supermercadistas que não assinarem o contrato de doação vão ter de pagar uma multa de mais de 3 mil euros.
De acordo com o jornal britânico The Guardian, a lei foi aprovada por unanimidade no senado francês e diz que os estabelecimentos comerciais não poderão se desfazer de alimentos que se aproximam da data de validade.
A regra reforça uma forte campanha apoiada por cidadãos e ativistas franceses que se opõem ao desperdício de alimentos e lutam pelo combate à pobreza.
O movimento, que foi iniciado por uma petição encaminhada pelo vereador Arash Derambarsh, teve um projeto de lei aprovado em dezembro, mas só foi validado neste mês.
Os ativistas esperam que, após a decisão da França, a comunidade da União Europeia aplique esta lei em todos os países.
Ela foi bem recebida pelos bancos de alimentos, que vão começar a procurar voluntários, meios de transporte e locais de armazenamento para as comidas que serão doadas.
Os supermercados serão impedidos também de tornar as comidas impróprias para o consumo deliberadamente. É comum que isso aconteça em comércios que não querem oferecer os alimentos para pessoas com necessidade de doação.
Segundo o Guardian, nos últimos anos, o número de sem-tetos e desempregados no país aumentou drasticamente e a maioria dessas pessoas comparecia aos supermercados à noite, para se alimentar.
Em entrevista ao jornal britânico, Jacques Bailet, diretor dos Banques Alimentaires, uma rede de bancos de alimentos franceses, descreveu a lei como " positiva e muito importante simbolicamente ":
"É muito importante, porque os supermercados serão obrigados a assinar um contrato de doação com instituições de caridade. Nós vamos ser capazes de aumentar a qualidade e a diversidade de alimentos que obtemos para distribuir. Em termos de equilíbrio nutricional, temos atualmente um déficit de carne e uma falta de frutas e legumes. Esperamos que possam nos permitir acesso a esses produtos."
São Paulo - A fome é um dos principais problemas da humanidade. Mas há muito tempo que o mito de 'não há comida para todos' foi quebrado. O que existe é uma má distribuição e a desigualdade de oportunidades e de acesso a uma alimentação digna.
Diante disso, o desperdício é um grande vilão. ONGs e ativistas lutam fortemente para mudar essa situação. E eles tiveram uma notícia positiva neste mês.
A França é o primeiro país a aprovar a lei que proíbe os supermercados de jogarem alimentos não vendidos no lixo.
Em vez disso, os estabelecimentos são obrigados a doá-los a alguma ONG ou banco de alimentos. Os supermercadistas que não assinarem o contrato de doação vão ter de pagar uma multa de mais de 3 mil euros.
De acordo com o jornal britânico The Guardian, a lei foi aprovada por unanimidade no senado francês e diz que os estabelecimentos comerciais não poderão se desfazer de alimentos que se aproximam da data de validade.
A regra reforça uma forte campanha apoiada por cidadãos e ativistas franceses que se opõem ao desperdício de alimentos e lutam pelo combate à pobreza.
O movimento, que foi iniciado por uma petição encaminhada pelo vereador Arash Derambarsh, teve um projeto de lei aprovado em dezembro, mas só foi validado neste mês.
Os ativistas esperam que, após a decisão da França, a comunidade da União Europeia aplique esta lei em todos os países.
Ela foi bem recebida pelos bancos de alimentos, que vão começar a procurar voluntários, meios de transporte e locais de armazenamento para as comidas que serão doadas.
Os supermercados serão impedidos também de tornar as comidas impróprias para o consumo deliberadamente. É comum que isso aconteça em comércios que não querem oferecer os alimentos para pessoas com necessidade de doação.
Segundo o Guardian, nos últimos anos, o número de sem-tetos e desempregados no país aumentou drasticamente e a maioria dessas pessoas comparecia aos supermercados à noite, para se alimentar.
Em entrevista ao jornal britânico, Jacques Bailet, diretor dos Banques Alimentaires, uma rede de bancos de alimentos franceses, descreveu a lei como " positiva e muito importante simbolicamente ":
"É muito importante, porque os supermercados serão obrigados a assinar um contrato de doação com instituições de caridade. Nós vamos ser capazes de aumentar a qualidade e a diversidade de alimentos que obtemos para distribuir. Em termos de equilíbrio nutricional, temos atualmente um déficit de carne e uma falta de frutas e legumes. Esperamos que possam nos permitir acesso a esses produtos."