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França precisa da liderança do Brasil e de Dilma, diz primeiro-ministro

Durante visita ao país, François Fillon elogiou a presidente e pediu uma aproximação do Brasil para resolver a crise europeia

Filion quer ajuda de Dilma para resolver a crise na Europa (Sebastien Nogier/AFP)

Filion quer ajuda de Dilma para resolver a crise na Europa (Sebastien Nogier/AFP)

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Da Redação

Publicado em 15 de dezembro de 2011 às 12h39.

São Paulo - O primeiro-ministro francês, François Fillon, assegurou nesta quinta-feira que seu país precisa da liderança do Brasil e de sua presidente Dilma Rousseff num momento em que a Europa atravessa uma crise de confiança, e pediu uma aceleração da associação estratégica entre os dois países.

"Precisamos da liderança do Brasil e de sua presidente Dilma Rousseff, de suas convicções e do exemplo que representa sua excepcional trajetória pessoal", afirmou Fillon diante de líderes empresariais reunidos na Federação de Indústrias de São Paulo (Fiesp).

"Num momento em que a Europa (...) atravessa uma crise de confiança, me parece que devemos precisamente agora aproveitar o imenso potencial oferecido pela associação estratégica entre França e Brasil", indicou.

O presidente francês, Nicolas Sarkozy, assinou em 2008 um acordo de associação estratégica com o ex-presidente brasileiro Luiz Inácio Lula da Silva, padrinho político de Dilma.

"Desejamos que esta cooperação se desenvolva, naturalmente no setor aeronáutico (...), nos setores espacial, de trens a grande velocidade, porque nossas relações superaram claramente a etapa produtor-consumidor para alcançar a de uma verdadeira associação equilibrada".

O comércio bilateral de França e Brasil supera os 7 bilhões de euros. Cerca de 500 empresas francesas estão presentes no Brasil. A França é o quarto investidor no país.

A cooperação bilateral comporta principalmente um capítulo militar, através da construção de helicópteros e submarinos com tecnologia francesa.

Paris aguarda há anos uma resposta do Brasil em relação à eventual compra de seus caças Rafale. Fillon declarou-se na quarta-feira confiante a respeito, mas a decisão do Brasil ainda levará vários meses.

O caça Rafale, do Grupo Dassault, que a França não conseguiu exportar, compete com o F/A-18 Super Hornet da americana Boeing e com o Gripen NG da sueca Saab para a licitação lançada pelo Brasil para a compra de 36 aviões de combate.

No Brasil, a França também espera participar no desenvolvimento de infraestrutura ligada à realização do Mundial de Futebol de 2014 e dos Jogos Olímpicos de 2016 no Rio de Janeiro.

Fillon se reunirá na tarde desta quinta-feira com a presidente Dilma em Brasília e terminará sua visita no Rio, na sexta-feira e no sábado.

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